Nikolas Ferreira nega crime de transfobia com fala transfóbicaReprodução/redes sociais

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) negou ter cometido transfobia em discurso na Câmara dos Deputados. Em sua justificativa publicada nas redes sociais nesta quinta-feira, 9, parlamentar voltou a usar fala transfóbica.
"Defendi o direito das mulheres de não perderem seu espaço nos esportes para trans - visto a diferença biológica - e de não ter um homem no banheiro feminino. Não há transfobia em minha fala. Elucidei o exemplo com uma peruca (chocante). O que passar disso é histeria e narrativa", publicou o deputado. 
O Ministério Público Federal  (MPF) acionou a Câmara para que apure se houve "violação ética" na fala, enquanto parlamentares do PSOL, PSB e PDT se revoltaram com a fala e afirmaram que vão entrar com pedido de cassação do mandato do mineiro.
Desde fevereiro deste ano, o deputado já responde por transfobia. Ele se referiu à deputada Duda Salabert (PDT-MG), uma mulher trans, como "ele", quando ambos ainda eram vereadores. "Ele é homem. É isso o que está na certidão dele, independentemente do que ele acha que é."
O crime de transfobia é hediondo e, desde 2019, a discriminação contra pessoas trans é equiparada ao crime de racismo e punível com até três anos de prisão.
Fifa e COI permitem competição de pessoas trans
A posição da Fifa é clara sobre não haver nenhum tipo de discriminação tem lugar no futebol, seja contra país, grupo ou pessoa por origem étnica, gênero, língua ou religião é proibida. A prática é passível de suspensão ou expulsão da entidade.
Qualquer mulher em transição para ser homem trans pode competir, segundo o COI (Comitê Olímpico Internacional). O caminho inverso tem mais detalhes. Homens em transição para mulher trans têm um nível máximo de testosterona permitido. Eles precisam monitorar a quantidade de testosterona nos 12 meses antes de competirem pela 1ª vez.