Petista reforçou a necessidade de uma solução negociada para o conflitoMarcelo Camargo/Agência Brasil

Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reafirmou nesta terça-feira (18) que o governo brasileiro condena a "violação da integridade territorial" da Ucrânia e defende uma solução "política e negociada", para o conflito que opõe o país à invasão da Rússia que se iniciou ainda em 2014.
A declaração foi feita durante um almoço no Palácio do Itamaraty com o presidente da Romênia, Klaus Werner Iohannis, país que faz fronteira com a Rússia e que tem sido afetado diretamente pela crise.
Lula destacou sua preocupação com os impactos globais da guerra, como a produção de alimentos e energia, especialmente nas regiões mais pobres do mundo.
Ele ainda reforçou a necessidade de uma solução negociada para o conflito, que tem gerado um grande número de mortes e deslocamentos forçados.
As declarações de Lula ocorrem um dia após as críticas dos Estados Unidos à política externa brasileira em relação à Ucrânia. Ainda nesta segunda, 17, o governo norte-americano acusou o Brasil de "papagaiar" a propaganda russa e chinesa sobre o conflito.
As críticas surgiram após a viagem oficial de Lula à China e aos Emirados Árabes Unidos, quando o presidente afirmou que os Estados Unidos e a Europa estimulam a guerra ao fornecer armas para a Ucrânia.
Lula fez questão de não deixar as críticas passarem 'batido' e afirmou que o Brasil segue uma política externa independente e não tem interesse em se alinhar com nenhum bloco de poder.
Ele destacou a importância da cooperação internacional e da busca por soluções pacíficas para os conflitos mundiais.
A posição do Brasil em relação à Ucrânia tem sido acompanhada de perto pela comunidade internacional, especialmente após as declarações de Lula durante a viagem à China e aos Emirados Árabes Unidos.
O país tem se esforçado para manter um equilíbrio diplomático, buscando uma solução negociada para o conflito que respeite a integridade territorial da Ucrânia.