G. Dias, como é conhecido, chegou na sede da Polícia Federal de Brasília, por volta de 8h50, e saiu às 13h30 desta sexta-feira, 21Redes sociais/Reprodução
Questionado porque não determinou a prisão dos bolsonaristas, o militar explicou que estava realizando “gerenciamento de crise”.
"Que indagado porque, no 3° e 4° pisos, conduziu as pessoas e não efetuou pessoalmente a prisão, respondeu que estava fazendo um gerenciamento de crise e essas pessoas seriam presas pelos agentes de segurança no 2° piso tão logo descessem, pois esse era o protocolo", diz trecho do depoimento.
"Que o declarante não tinha condições materiais de, sozinho, efetuar prisão das 3 pessoas ou mais que encontrou no 3° e 4° andares, sendo que um dos invasores encontrava-se altamente exaltado", relata outra parte do texto.
O ex-ministro ficou cinco horas na Polícia Federal prestando depoimento. Ele pediu demissão do cargo na quarta, 19, depois da divulgação de vídeos que mostram ele andando em meio aos golpistas dentro do Planalto no dia 8 de janeiro. A data ficou conhecida pela tentativa de bolsonaristas darem um golpe de Estado.
Gonçalves Dias relatou que viu o major Natale oferecendo água para os golpistas e deu voz de prisão ao militar.
Gonçalves Dias fala sobre o sistema de inteligência
"Que indagado se o declarante entende se houve apagão da inteligência, respondeu que acredita que houve um 'apagão' geral do sistema, pela falta de informações para tomada de decisões", diz trecho do documento.
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