Palácio do Supremo Tribunal Federal destruído, após distúrbios antidemocráticos Valter Campanato/Agência Brasil
Os ataques aos prédios dos Três Poderes, em Brasília, no 8 de janeiro, tiveram um prejuízo de cerca de R$ 4,3 milhões, segundo estimativa da Presidência da República. A maior parte dos custos se deve às obras de arte que foram depredadas durante os atos antidemocráticos.
Os dados foram enviados à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro e divulgados nesta terça-feira, 27. O balanço é o relatório mais detalhado feito pelo Planalto até o momento sobre os objetos danificados ou extraviados no dia dos ataques.
Segundo a Coordenação-Geral de Gestão Patrimonial da Presidência, 24 obras de arte foram danificadas e, desse número, 15 tiveram os valores estimados, chegando a R$ 3,5 milhões. Algumas obras, no entanto, não têm valor mensurado, como o relógio do século XVII que foi entregue pela Corte francesa como presente de Dom João VI.
Os dados foram enviados à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro e divulgados nesta terça-feira, 27. O balanço é o relatório mais detalhado feito pelo Planalto até o momento sobre os objetos danificados ou extraviados no dia dos ataques.
Segundo a Coordenação-Geral de Gestão Patrimonial da Presidência, 24 obras de arte foram danificadas e, desse número, 15 tiveram os valores estimados, chegando a R$ 3,5 milhões. Algumas obras, no entanto, não têm valor mensurado, como o relógio do século XVII que foi entregue pela Corte francesa como presente de Dom João VI.
Desse relógio, só existem duas versões produzidas pelo artista Balthazar Martinot, e a outra está no Palácio de Versailles, na França. Outras peças que não tiveram valores avaliados foram o armário que era usado como base para o relógio, uma ânfora em porcelana e uma cadeira de jacarandá.
A coordenadora-geral Técnica da Diretoria Curatorial dos Palácios Presidenciais, Laisa Günther, afirmou, em nota técnica enviada à CPMI, que algumas obras não foram precificadas devido a alguns motivos específicos.
"Não apenas porque questões relativas ao simbólico são sensíveis a divergências de entendimento, mas também porque o valor estrito de obras artísticas é uma categoria fluida. Bens móveis podem depreciar ou não, podem valorizar ou não, conforme determinações individuais do Mercado de Arte, já que paradoxalmente ambas situações são possíveis", escreveu no documento.
A coordenadora-geral Técnica da Diretoria Curatorial dos Palácios Presidenciais, Laisa Günther, afirmou, em nota técnica enviada à CPMI, que algumas obras não foram precificadas devido a alguns motivos específicos.
"Não apenas porque questões relativas ao simbólico são sensíveis a divergências de entendimento, mas também porque o valor estrito de obras artísticas é uma categoria fluida. Bens móveis podem depreciar ou não, podem valorizar ou não, conforme determinações individuais do Mercado de Arte, já que paradoxalmente ambas situações são possíveis", escreveu no documento.
Além disso, o Planalto também gastou cerca de R$ 300 mil para recuperar áreas internas e externas, principalmente as vidraçarias destruídas na ocasião, que tiveram um custo total de R$ 204 mil.
A quantia total ainda foi dividida para conserto de elevadores (R$ 39 mil), divisórias especiais (R$ 15 mil) e reparos na parte elétrica (R$ 8,7 mil). Conforme o relatório, 189 bens móveis foram depredados nos ataques, gerando um prejuízo de R$ 363 mil. Também tiveram os furtados da Presidência — como armas de choque, algemas e aparelhos de saúde —, que somam 149, no total de R$ 142 mil.
A quantia total ainda foi dividida para conserto de elevadores (R$ 39 mil), divisórias especiais (R$ 15 mil) e reparos na parte elétrica (R$ 8,7 mil). Conforme o relatório, 189 bens móveis foram depredados nos ataques, gerando um prejuízo de R$ 363 mil. Também tiveram os furtados da Presidência — como armas de choque, algemas e aparelhos de saúde —, que somam 149, no total de R$ 142 mil.
Os dados foram enviados à comissão após um requerimento da senadora Augusta Brito (PT-CE), que pediu a especificação de todos os bens danificados para "permitir uma responsabilização mais fidedigna quanto à reparação dos danos ao patrimônio histórico-cultural vandalizado".
No início do ano, a Advocacia-Geral da União (AGU) pediu que a Justiça ampliasse a ação que bloqueou os bens dos suspeitos de financiar o fretamento de ônibus para os ataques, garantindo a coordenação para ressarcimento dos cofres públicos. A quantia seria de R$ 20,7 milhões e foi calculado com os prejuízos apontados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Palácio do Planalto e Congresso Nacional.
No início do ano, a Advocacia-Geral da União (AGU) pediu que a Justiça ampliasse a ação que bloqueou os bens dos suspeitos de financiar o fretamento de ônibus para os ataques, garantindo a coordenação para ressarcimento dos cofres públicos. A quantia seria de R$ 20,7 milhões e foi calculado com os prejuízos apontados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Palácio do Planalto e Congresso Nacional.
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