Dos oito ministros apenas Raul Araúko e Nunes Marques foram contra a condenação de Jair BolsonaroPedro Ivo/ Agência O Dia

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) condenou Jair Bolsonaro a oito anos de inegibilidade nesta sexta-feira, 30. Na quarta sessão do julgamento, ex-presidente foi considerado culpado de apologia contra as eleições pelo placar de 4 a 1. O voto derradeiro foi dado pela ministra Carmen Lúcia. 
As acusações eram de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação para difundir informações falsas para desacreditar o sistema de votação. Antes, Benito Gonçalves, relator do processo, Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares e Alexandre de Moraes também votaram a favor. Apenas Raul Araújo e Nunes Marques foram contra. 
Nas redes sociais, aliados e opositores do ex-mandatário brasileiro foram a público para deixar suas opiniões sobre o julgamento. Desafeto histórico de Bolsonaro, a deputada federal Maria do Rosário (PT - RS) comemorou o veredito com um irônico "Grande dia!". O mesmo foi feito por Marcelo Freixo, atual presidente da Embratur e grande adversário político do ex-presidente no Rio de Janeiro. Candidato a presidência em 2022, Ciro Gomes afirmou que "fez-se justiça" e que puniu "o abuso de poder político".
Figura central do PCdoB, Jandira Feghali afirmou que a condenação de Bolsonaro "é um dia muito importante para a democracia brasileira". Já a deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) aproveitou o momento para chamar o ex-chefe de Estado brasileiro de "golpísta genocida" e celebrar a decisão do TSE.
Chico Alencar (PSOL-RJ) optou por postar uma charge com a legenda "tchau querido! um viva para a democracia", enquanto Erika Hilton (PSOL-SP) pediu "que não deixemos que se crie na extrema direita um novo mito pra destruir a realidade". 
Aliado de Bolsonaro na última eleição, o deputado federal Nikolas Ferreiras (PL-MG) apenas pontuou que "venceu o sistema" ao comentar o veredito do TSE. A economista e empresária Renata Barreto afirmou que "o ex-presidente fica inelegível por duvidar do sistema eleitoral, coisa que ele tem direito a fazer como sua opinião e que não é proibido pela Constituição". 
Ex-jogadora de vôlei e atual comentarista política da Revista Oeste, Ana Paula Henkel ironizou a decisão ao postar um vídeo mostrando cumprimentos entre os ministros do TSE e Lula com a legenda de "democracia relativa", em alusão as falas do atual presidente sobre a Venezuela.
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