Pablo Marçal, coach e ex-candidado a presidência Reprodução

Um infarto causado por esforço excessivo foi o responsável pela morte de Bruno Teixeira, prestador de serviço da XGrow, empresa fundada pelo coach e ex-candidato a presidente Pablo Marçal, segundo laudo necroscópico revelado na sexta-feira, 15. De acordo com a jornalista Gabriela Oliva, do jornal O Tempo, não foi constatado nada toxicológico no exame. 
Em 6 de junho, a vítima, de 26 anos, participou de uma maratona surpresa promovida pela plataforma de aprendizado. O desafio teria inicialmente 21km, mas foi aumentado para 42km sem aviso prévio. Bruno conseguiu percorrer 15km até perder a consciência e falecer no hospital Albert Eistein.
Em transmissões pelo Instagram, Bruno chegou a "brincar" com a situação ao indicar que participar desse tipo evento era o problema de "andar com gente de frequência alta". Depois mostrou grande desgaste físico ao afirmar que precisou parar para lidar com um "formigamento no pé" antes de apertar o ritmo para alcançar os demais participantes. 
Ex-funcionária e amiga de Bruno, Clara Serbim usou suas redes sociais para denunciar uma rotina de assédio moral dentro da organização. Incluindo a exigência que os colaboradores se exercitassem diariamente, sob ameaça de serem demitidos.
Após a confirmação da morte de Bruno, Marçal abriu uma live para prestar "respeito a família" e que iria deixar as "bandeiras baixas" em respeito a "memória dele". Ele também aproveitou a oportunidade para negar qualquer envolvimento com a morte, destacou que a participação era voluntária e que "se pudesse, gastaria milhões para esse cara não morrer". 
Bruno Teixeira tinha apenas 26 anos quando enfartou e faleceu  - Reprodução/Redes Sociais
Bruno Teixeira tinha apenas 26 anos quando enfartou e faleceu Reprodução/Redes Sociais
Sequência de polêmicas
Em janeiro de 2022, Pablo Marçal foi alvo da Polícia Civil após levar 33 pessoas ao Pico dos Marins, em Piquete, em São Paulo, e precisar ser resgatado pelo Corpo de Bombeiros. Na época, ele chegou a ser acusado de expor pessoas a risco e proibido de realizar novas expedições, mas não foi responsabilizado pelo delegado que presidiu o caso.
Em 29 de junho, o técnico Celso Guimarães Silva morreu após ser eletrocutado enquanto preparava uma live no estúdio de Pablo Marçal. Segundo a vítima, que ficou internada no Hospital Municipal de Barueri, ele "recebeu uma descarga elétrica de 220 volts" enquanto montava os equipamentos no alto de uma escada.
Em nota, o influencer afirmou que o local estava "locado para terceiros", responsáveis pela contratação de um produtor e de Celso como eletricista. Também pontuou que a empresa responsável pelo aluguel estava prestando todo auxílio necessário para a família da vítima. 
Investigado pela Polícia Federal
Mais recentemente, em 5 de julho, Polícia Federal deflagrou a Operação Ciclo Fechado contra falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita eleitoral e lavagem de capitais, durante as eleições de 2022. Marçal e o sócio foram alvos por supostamente realizarem doações milionárias às campanhas, sendo que boa parte desses valores foi remetido posteriormente às próprias empresas das quais tem parceria.
Em postagens no X, antigo Twitter, o coach negou todas acusações e se declarou como perseguido político por ter apoiado o ex-presidente Jair Bolsonaro durante as últimas eleições. Ele foi candidato à presidência da República pelo PROS no pleito do ano passado, mas foi barrado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após mudança no comando do partido com Eurípedes Gomes de Macedo Júnior. 
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