Corpo de civil morto é coberto após ataque a Israel neste sábado, 7Oren ZIV / AFP

O governo do Brasil mostrou preocupação sobre o embate entre Israel e Hamas e condenou os bombardeios feitos pelo grupo palestino ao Estado hebreu. O ataque matou cerca de 40 israelenses e desencadeou uma contra ofensiva na Faixa de Gaza. Segundo p Ministério da Saúde do Hamas, mais de 150 palestinos morreram e 1.610 ficaram feridos após Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, declarar guerra a organização terrorista. 
Em nota publicada pelo Itamaray, o Brasil "expressa condolências aos familiares das vítimas e manifesta sua solidariedade ao povo de Israel", reitera "que não há justificativa para o recurso à violência, sobretudo contra civis" e pede que "todas as partes a exercerem máxima contenção a fim de evitar a escalada da situação". Também afirma que não há informações de brasileiros vitimados no confronto até o momento. 
Recém empossado na presidência do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Brasil declarou que irá abrir uma reunião de emergência do órgão e "reiteirou seu compromisso com a solução de dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas". 
ONU pede que ataques cessem imediatamente
Coordenador Especial das Nações Unidas para o Processo de Paz no Médio Oriente, Tor Wennesland afirmou estar profundamente preocupado com o bem estar dos civis envolvidos no conflito entre Israel e Hamas. E condenou veementemente os ataques contra vilas e cidades israelenses perto da Faixa de Gaza por militares do grupo palestimo. 
"Estes acontecimentos resultaram em cenas horríveis de violência e em muitas mortes e feridos israelitas, acreditando-se que muitos tenham sido raptados dentro da Faixa. Estes são ataques hediondos contra civis e devem parar imediatamente", afirmou em nota no site oficial da ONU. 
Wennesland chamou o ato de "precipício perigoso" e apelou para que as partes envolvidas recuem e cessem imediatamente estes ataques hediondos contra civis.
Ucrânia presta solidariade a Israel
Em guerra com a Rússia desde o início de 2022, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, prestou condolências a Israel, lembrou do martírio ucrâniano em meio a invasão russa e afirmou que os israelenses tem "direito indiscutível a auto-defesa". Ele também deixou a disposição a embaixada ucraniana para atender qualquer necessidade do governo de Israel. 
"O terrorismo não deveria ter lugar no mundo, porque é sempre um crime, não apenas contra um país específico ou contra as vítimas deste terror, mas contra a humanidade em geral e todo o nosso mundo", afirmou Zelenskyy no X, antigo Twitter.
No lado russo, o Vice-ministro de Relações Exteriores, Mikhail Bogdanov, pediu calma a ambos os lados e que entrou em contato para propor um cessar fogo imediato no conflito entre Israel e Hamas
"A Rússia está em contato com Israel, Palestina e países árabes e apela a todas as partes envolvidas no conflito para cessarem fogo", disse Bogdanov à TASS.
Europa condena ataque do Hamas
A Turquia também instou israelenses e palestinos a "agirem de maneira razoável". A União Europeia condenou "inequivocamente" os ataques "dos terroristas do Hamas" e manifestou a sua "solidariedade com Israel", que tem o "direito de se defender", afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
França, Reino Unido, Alemanha e Espanha condenaram os ataques do Hamas e a Itália apoiou o direito de Israel se defender.
Irã parabeniza combatentes palestino por ataque a Israel
O Ministério das Relações Exteriores do Irã declarou que os ataques Hamas, grupo aliado ao governo iraniano, eram prova do aumento da confiança dos palestinos em relação a Israel, informou a agência de notícias semi-oficial ISNA.

“Nesta operação, foram utilizados o elemento surpresa e outros métodos combinados, que mostram a confiança do povo palestino face aos ocupantes”, disse o porta-voz do ministério, Nasser Kanaani, à agência.
Em outra declaração a ISNA, um conselheiro do líder supremo do Irã, Ali Khamenei, parabenizou os combatentes palestinos por lançarem o maior ataque a Israel em anos.

“Parabenizamos os combatentes palestinos. Apoiaremos os combatentes palestinos até a libertação da Palestina e de Jerusalém”, afirmou Yahya Rahim Safavi.
Ataque surpresa
O grupo palestino Hamas bombardeou Israel neste sábado, 7. Segundo a agência de notícais Reuters, cerca de 40 israelenses morreram no ataque, enquanto 779 foram feridos e foram encaminhados a hospitais. No entanto, o serviço médico local espera que o número de vítimas aumente ao logo do dia.
Combinando um assalto com homens armados por terra e o lançamento de misséis, com pelo menos 2.200 fogueses, o grupo Hamas afirmou que o ataque surpresa faz parte de um "movimento maior". A mídia israelense relatou tiroteios entre combatentes palestinos e forças de segurança em cidades do sul israelense. O chefe da polícia de Israel disse que houve “21 cenas ativas” na região sul do país, indicando a extensão do ataque.
*Com informações da AFP