O governo do Brasil mostrou preocupação sobre o embate entre Israel e Hamas e condenou os bombardeios feitos pelo grupo palestino ao Estado hebreu. O ataque matou cerca de 40 israelenses e desencadeou uma contra ofensiva na Faixa de Gaza. Segundo p Ministério da Saúde do Hamas, mais de 150 palestinos morreram e 1.610 ficaram feridos após Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, declarar guerra a organização terrorista.
Fiquei chocado com os ataques terroristas realizados hoje contra civis em Israel, que causaram numerosas vítimas. Ao expressar minhas condolências aos familiares das vítimas, reafirmo meu repúdio ao terrorismo em qualquer de suas formas.
Em nota publicada pelo Itamaray, o Brasil "expressa condolências aos familiares das vítimas e manifesta sua solidariedade ao povo de Israel", reitera "que não há justificativa para o recurso à violência, sobretudo contra civis" e pede que "todas as partes a exercerem máxima contenção a fim de evitar a escalada da situação". Também afirma que não há informações de brasileiros vitimados no confronto até o momento.
Recém empossado na presidência do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Brasil declarou que irá abrir uma reunião de emergência do órgão e "reiteirou seu compromisso com a solução de dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas".
ONU pede que ataques cessem imediatamente
Coordenador Especial das Nações Unidas para o Processo de Paz no Médio Oriente, Tor Wennesland afirmou estar profundamente preocupado com o bem estar dos civis envolvidos no conflito entre Israel e Hamas. E condenou veementemente os ataques contra vilas e cidades israelenses perto da Faixa de Gaza por militares do grupo palestimo.
"Estes acontecimentos resultaram em cenas horríveis de violência e em muitas mortes e feridos israelitas, acreditando-se que muitos tenham sido raptados dentro da Faixa. Estes são ataques hediondos contra civis e devem parar imediatamente", afirmou em nota no site oficial da ONU.
Wennesland chamou o ato de "precipício perigoso" e apelou para que as partes envolvidas recuem e cessem imediatamente estes ataques hediondos contra civis.
Ucrânia presta solidariade a Israel
Em guerra com a Rússia desde o início de 2022, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, prestou condolências a Israel, lembrou do martírio ucrâniano em meio a invasão russa e afirmou que os israelenses tem "direito indiscutível a auto-defesa". Ele também deixou a disposição a embaixada ucraniana para atender qualquer necessidade do governo de Israel.
"O terrorismo não deveria ter lugar no mundo, porque é sempre um crime, não apenas contra um país específico ou contra as vítimas deste terror, mas contra a humanidade em geral e todo o nosso mundo", afirmou Zelenskyy no X, antigo Twitter.
No lado russo, o Vice-ministro de Relações Exteriores, Mikhail Bogdanov, pediu calma a ambos os lados e que entrou em contato para propor um cessar fogo imediato no conflito entre Israel e Hamas
"A Rússia está em contato com Israel, Palestina e países árabes e apela a todas as partes envolvidas no conflito para cessarem fogo", disse Bogdanov à TASS.
Europa condena ataque do Hamas
A Turquia também instou israelenses e palestinos a "agirem de maneira razoável". A União Europeia condenou "inequivocamente" os ataques "dos terroristas do Hamas" e manifestou a sua "solidariedade com Israel", que tem o "direito de se defender", afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
França, Reino Unido, Alemanha e Espanha condenaram os ataques do Hamas e a Itália apoiou o direito de Israel se defender.
Irã parabeniza combatentes palestino por ataque a Israel
O Ministério das Relações Exteriores do Irã declarou que os ataques Hamas, grupo aliado ao governo iraniano, eram prova do aumento da confiança dos palestinos em relação a Israel, informou a agência de notícias semi-oficial ISNA.
“Nesta operação, foram utilizados o elemento surpresa e outros métodos combinados, que mostram a confiança do povo palestino face aos ocupantes”, disse o porta-voz do ministério, Nasser Kanaani, à agência.
Em outra declaração a ISNA, um conselheiro do líder supremo do Irã, Ali Khamenei, parabenizou os combatentes palestinos por lançarem o maior ataque a Israel em anos.
“Parabenizamos os combatentes palestinos. Apoiaremos os combatentes palestinos até a libertação da Palestina e de Jerusalém”, afirmou Yahya Rahim Safavi.
Ataque surpresa
O grupo palestino Hamas bombardeou Israel neste sábado, 7. Segundo a agência de notícais Reuters, cerca de 40 israelenses morreram no ataque, enquanto 779 foram feridos e foram encaminhados a hospitais. No entanto, o serviço médico local espera que o número de vítimas aumente ao logo do dia.
Combinando um assalto com homens armados por terra e o lançamento de misséis, com pelo menos 2.200 fogueses, o grupo Hamas afirmou que o ataque surpresa faz parte de um "movimento maior". A mídia israelense relatou tiroteios entre combatentes palestinos e forças de segurança em cidades do sul israelense. O chefe da polícia de Israel disse que houve “21 cenas ativas” na região sul do país, indicando a extensão do ataque.
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