Fotos foram publicadas, originalmente, pelo perfil do Colégio Marques CaravelasReprodução/Redes sociais
As fotos foram publicadas, originalmente, pelo perfil do Colégio Marques Caravelas na sexta-feira, 6, e apagadas horas depois. A descrição menciona que a atividade era parte de um projeto dos alunos do 3º do ensino médio sobre a Segunda Guerra Mundial. Segundo o texto, os estudantes também entrevistaram a filha de um soldado nazista, moradora de Rôlandia (PR).
Professora Bolsonarista realiza trabalho escolar exaltando o N4ZISMO com a figura de Hitl3r e alunos representando o seu exército. O Núcleo de Educação ainda curtiu a publicação. Exigimos uma resposta contundente do Governador Ratinho Jr e da Secretária de Educação do Paraná pic.twitter.com/3OwrnMH5H6
— Carol Dartora (@caroldartora13) October 8, 2023
"A senhora entrevistada é Relinda Kronemberg, nasceu em 1934 e com oito anos voltou para a Alemanha. O seu pai era nazista e queria lutar pelo país", dizia a publicação, que foi deletada posteriormente.
O colégio ainda parabenizou a realização do evento e a iniciativa da professora responsável pela atividade na publicação. Além disso, classificou a conversa com a senhora como uma "belíssima e forte experiência", que "certamente irá tocar os corações de todos que assistirem a entrevista".
A publicação do colégio foi curtida pelo Núcleo Regional de Educação de Apucarana, braço da Secretaria de Educação do Estado na região.
Ao Estadão, a deputada Carol ressaltou que esse não é um caso isolado. "Há poucos meses, tivemos a deflagração de uma operação que fez busca e apreensão em diversas cidades dos Estados da região sul. Nesse cenário, é dever do campo democrático estar vigilante para qualquer ação ou discurso que possa fazer um regime nazista parecer justificável", disse.
A parlamentar ainda afirmou que, nas postagens, havia comentários de alunos que não entenderam a gravidade da situação "É dever do governo do Estado e de toda a sociedade não deixar essa deturpação acontecer."
Secretaria de Educação apura o episódio
Em nota, a Secretaria de Educação do Paraná afirmou que está apurando o caso. "A Seed-PR reforça que a apologia a quaisquer doutrinas, partidos, ideologias e demais referências ao nazismo são veementemente intoleradas em qualquer escola da rede estadual, sendo a situação relatada em Arapongas encarada com extrema gravidade. A Secretaria instaurou procedimento de averiguação urgente e voltará a se manifestar assim que o levantamento for concluído", disse.
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