Operação envolveu cerca de 100 agentes em Aracajú, no SergipeDivulgação/SSP-Sergipe

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Sete pessoas morreram e duas foram detidas nesta quarta-feira, 29, em uma operação policial em Sergipe, Operação Cristianópolis Segura, para "desmantelar" um grupo criminoso acusado de homicídios, tráfico de drogas e roubos, informou a polícia do estado.
Comandada pelo delegado Josenildo Brito com apoio do Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core), Polícia Civil e Polícia Militar, a ação aconteceu em Cristinápolis, município de 17 mil habitantes a cerca de 120 quilômetros da capital do estado, Aracaju, e envolveu cerca de 100 agentes. Foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão, um deles no Complexo Penitenciário Manoel Carvalho Neto (Copemcan) e dois mandados de prisão.
De acordo com o delegado, os trabalhos começaram a partir de uma denúncia anônima, que apontava Michel Silva Pena, atualmente preso no Copemcan, como líder de um grupo criminoso atuante na região de Tomar do Geru, que tem sua origem no município de Barra dos Coqueiros, mas com ramificações em Cristinápolis e na região geruense. Ele ainda é acusado de assassinar o policial militar Nabal Gomes Menezes em 2017. 
Disputa por território
O lugar viveu este ano episódios de violência, com um homicídio consumado e cinco tentativas, "em razão da disputa pelo controle de pontos de vendas de entorpecentes", segundo as autoridades. A polícia ainda aponta que a "guerra" ocorre entre o grupo criminoso liderado por Michel e outro do conjunto Parque dos Faróis, em Nossa Senhora do Socorro, comandado por outro suspeito. 
As forças de segurança do país são frequentemente criticadas por organizações de direitos humanos por usarem força excessiva, especialmente contra a população negra. Em 2022, 175 pessoas morreram durante intervenções policiais em Sergipe, o menor estado do Brasil, onde vivem 2,2 milhões de pessoas, segundo dados da Secretaria de Segurança do estado.
*Com informações da AFP