Itamaraty vê com apreensão as declarações de Nicolás MaduroFabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Apoio militar a Venezuela ou Guiana deve ser evitado, afirma Itamaraty
Ministério das Relações Exteriores defende que as conversas sobre a disputa entre os países se concentrem em instituições regionais como a Celac e a Caricom
O Ministério das Relações Exteriores manifestou preocupação nesta sexta-feira, 29, com movimentos militares recentes em torno da região de Essequibo. Trata-se da área da Guiana reivindicada pela Venezuela. "O governo brasileiro acredita que demonstrações militares de apoio a qualquer das partes devem ser evitadas, a fim de que o processo de diálogo ora em curso possa produzir resultados", afirma nota divulgada pelo Itamaraty.
A manifestação do Itamaraty vem no dia seguinte de o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciar o envio de tropas para a fronteira com a Guiana. De acordo com o chefe do governo da Venezuela, o movimento é uma reposta ao anúncio do envio de um navio militar à costa guianesa pelo Reino Unido.
O Itamaraty também defendeu que as conversas sobre a disputa entre os países se concentrem em instituições regionais como a Celac e a Caricom. "O Brasil conclama as partes à contenção, ao retorno ao diálogo e ao respeito ao espírito e à letra da Declaração de Argyle acordo entre os dois países assinado em dezembro".
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.