Líder do governo no Senado, Jaques WagnerJefferson Rudy/Agência Senado
O líder do governo aludia a uma declaração do presidente brasileiro feita em entrevista coletiva no último domingo, 18, em Abis Abeba, capital da Etiópia.
Wagner é ex-governador da Bahia e ex-ministro de Estado. Além de já ter ocupado postos estratégicos nas gestões petistas, como a secretaria de Relações Institucionais e a chefia da Casa Civil, é amigo pessoal de Lula. Ele afirmou que, em visita ao presidente, "teve naturalidade" em dizer que concordava com o repúdio à incursão de Israel em Gaza, mas não compactuava com o paralelo traçado em seguida.
Crise diplomática
As autoridades israelenses se indignaram com a declaração, deflagrando uma crise diplomática entre Brasil e Israel. Lula foi declarado como "persona non grata" em território israelense até que se retrate pelo teor do comentário, algo que interlocutores do governo veem como improvável.
Pedido de impeachment
A nível nacional e no campo político, a declaração levou à articulação de um pedido de impeachment que passou de 100 assinaturas. A proponente Carla Zambelli (PL-SP) argumenta que, com a fala, Lula expôs o País a "perigo de guerra" e cometeu "hostilidade contra nação estrangeira", mas especialistas em Direito Constitucional ouvidos pelo Estadão não veem na declaração do petista um crime de responsabilidade que pudesse ser penalizado com impeachment.
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