Empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, motorista do PorscheReprodução: redes sociais
O processo corre em segredo de Justiça. Por esse motivo, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) informou apenas que a decisão foi tomada pela 1ª Vara do Júri da Capital, e que foram "fixadas diversas medidas cautelares em lugar da prisão preventiva".
As medidas não foram detalhadas, mas podem envolver, por exemplo, o comparecimento periódico em juízo, o recolhimento domiciliar noturno e até tornozeleira eletrônica.
Esta é a segunda vez que a Justiça de São negou um pedido de prisão contra o empresário. Na semana passada, a Polícia Civil indiciou Andrade Filho por homicídio, lesão corporal ao colega Marcus Vinicius Rocha, de 22 anos, que estava como passageiro do Porsche na hora da batida, e fuga do local do acidente.
A Justiça de São Paulo, no entanto, negou o pedido de prisão temporária por considerar que não havia elementos suficientes para a detenção do suspeito.
Com o avanço das investigações, a polícia pediu mais uma vez a prisão do condutor do Porsche. Desta vez, o pedido foi de prisão preventiva.
A equipe do 30º Distrito Policial (Tatuapé), que conduz o caso, e o Ministério Público consideram três fatores para o pedido: o empresário ser reincidente na violação de excesso de velocidade; Andrade Filho ter possivelmente ingerido bebida alcoólica momentos antes do acidente, conforme relatou testemunhas à polícia; suspeito ter poder aquisitivo para sair do País.
Segundo ele, o Ministério Público tinha dado parecer positivo para o pedido de prisão de Andrade Filho. Procurada, a defesa do empresário disse que não vai se manifestar. Procurado, o Ministério Público deu retorno até a publicação deste texto.
Imagens das câmeras de segurança mostram a violência da colisão. O choque leva os dois carros para o canteiro da avenida, cuja velocidade máxima permitida é de 50 km/h. Um deles bate no poste de luz, o que provoca a queda imediata de energia elétrica no quarteirão.
O empresário disse apenas que estava um pouco acima do permitido, mas sem precisar a velocidade do veículo. Ele também afirmou que não dirigiu sob efeito de álcool, embora testemunhas tenham relatado que o suspeito estava com a voz pastosa e andando cambaleante após o choque.
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) afirmou que os radares de velocidade da região estavam desativados no momento da colisão.
Por estar internado, Marcus Vinicius, amigo de Fernando, e que estava de carona no Porsche não foi ouvido ainda pela polícia.
Segundo o advogado de Marcus Vinícius, ele está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital da Rede São Luiz, em São Paulo, e o seu quadro de saúde é "delicado".
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