Dados foram compilados a partir dos resultados do Censo 2022Marcelo Camargo / Agência Brasil
No ano passado, o IBGE informou que a população indígena residente no Brasil é de 1.693.535 pessoas, o que representa 0,83% do total de habitantes do País. Quatro de cada dez vivem na Região Norte. O País também possui 1.327.802 quilombolas, com sete em cada dez residentes no Nordeste.
Agora, o IBGE apresenta características dessas populações, que é mais jovem se comparada ao total de pessoas residentes no Brasil. A análise do IBGE mostra que a idade mediana — aquela que separa a metade mais jovem da população da mais velha — é menor entre indígenas e quilombolas em relação à população em geral.
Entre os quilombolas, a mediana é de 31 anos, quatro abaixo da registrada no Brasil, que é de 35 anos. Já entre os indígenas, a idade média é ainda menor: 25 anos.
Para a analista do IBGE Marta de Oliveira Antunes, a mediana mais baixa entre esses grupos pode ser explicada por diferentes fatores, incluindo culturais. "(É preciso considerar) a forma como os povos indígenas e a população quilombola pensa em família, em constituição de família, em reprodução social - e reprodução não como família, mas enquanto grupo", explica.
O estudo mostra que a mediana é ainda mais baixa quando se consideram os territórios delimitados — as terras indígenas ou quilombolas oficialmente delimitadas. Entre os quilombolas, a mediana nesses espaços é de 28 anos, ou seja, sete anos abaixo da idade mediana da população residente no Brasil. Nas terras indígenas, a idade mediana é de apenas 19 anos — dezesseis abaixo daquela nacional.
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