Prefeito de Araraquara, Edinho SilvaReprodução/redes sociais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escolheu Paulo Pimenta, atualmente no comando da Secretaria da Comunicação (Secom) da Presidência da República, para a função de ministro extraordinário da reconstrução do Rio Grande do Sul, estado atingido por uma calamidade climática. Para o lugar de Pimenta, o chefe do Executivo ainda não escolheu um nome. Como favorito, está o prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT).
O gestor da cidade localizada no interior de São Paulo, já atuou na pasta de março de 2015 a maio de 2016, durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Esse é o quarto mandato dele no cargo, ocupado entre 2001 e 2008 e de 2017 até o momento.
Uma das grandes marcas de sua atual gestão é o enfrentamento da pandemia da Covid-19, que se tornou referência nacional e internacional com a construção do Hospital da Solidariedade (hospital de campanha), implantação de ampla rede de testagem, abertura de polo de atendimento específico para atendimento de casos suspeitos da doença, entre outras ações.
Araraquara foi a primeira cidade do Brasil a implantar um lockdown para frear a contaminação pela doença, medida que resultou em queda acentuada de internações e óbitos e foi elogiada por especialistas em Saúde Pública.
Edson Antonio da Silva, de 58 anos, mais conhecido como Edinho Silva, é graduado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Araraquara, com mestrado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Já foi presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) entre 2009 e 2013, eleito com mais de 90% dos votos. Além disso, foi deputado estadual por São Paulo de 2011 a 2015 e foi coordenador da campanha presidencial de Lula em 2022.
O chefe do Executivo já demonstrou ter Edinho em alta consideração. O político foi um dos nomes discutidos para uma eventual substituição de Gleisi Hoffmann na presidência do PT, cotada para assumir o Ministério da Justiça no começo de 2024, após a saída do atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino.
Doações
Até o momento, as inundações no estado gaúcho já deixaram cerca de 149 mortos, pelo menos 806 feridos e 108 desaparecidos, segundo o novo balanço divulgado pela Defesa Civil na manhã desta quarta-feira, 15.
O boletim aponta que mais de 76,5 mil vítimas das enchentes já foram resgatadas e mais de 11,4 mil animais foram salvos, na grande operação que conta mais de 27,6 mil pessoas, mais de 4 mil viaturas, 41 aeronaves e 340 embarcações.
Cerca de 538,2 mil pessoas estão desalojadas e mais de 76,5 mil estão em abrigos públicos, com necessidades de itens como colchões, cobertores e roupa de cama e banho. Ao todo, pelo menos 449 cidades foram afetadas e mais de 2 milhões de pessoas sofrem com as inundações.
Diante da situação de calamidade pública enfrentada no Estado, o governo gaúcho reativou o canal de doações para a conta "SOS Rio Grande do Sul" para receber doações via Pix que serão revertidas a donativos para as vítimas.
O Governo do Rio Grande do Sul e a Defesa Civil divulgaram duas maneiras de receber as doações:
- Centro Logístico da Defesa Civil Estadual
- Endereço: avenida Joaquim Porto Villanova, 101, bairro Jardim Carvalho, em Porto Alegre
- Telefone: (51) 3210 4255
Pix para a conta SOS Rio Grande do Sul
- Chave - CNPJ: 92.958.800/0001-38
- Banco do Estado do Rio Grande do Sul
Atenção: quando realizar a operação, é necessário confirmar que o nome da conta que aparece é "SOS Rio Grande do Sul" e que o banco é o Banrisul.
A gestão e fiscalização dos recursos ficarão a cargo de um Comitê Gestor, presidido pela Secretaria da Casa Civil e composto por representantes de órgãos do governo e entidades sociais. Os recursos serão integralmente revertidos para o apoio humanitário às vítimas das enchentes e para a reconstrução da infraestrutura das cidades.