Comissão da Câmara aprovou a convocação de LewandowskiDivulgação / MJSP
Comissão aprova sete convocações de Lewandowski em menos de dois minutos
Sessão protagonizou ataques de parlamentares de direita ao deputado Ivan Valente por conta de seu projeto que prevê mudanças no sigilo de investigações
São Paulo - A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados aprovou em bloco sete requerimentos de convocação o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. A votação durou menos de dois minutos. O deputado Coronel Meira (PL-PE) presidiu a comissão e comparou a votação a um "trator".
Os requerimentos pedem o comparecimento do ministro à comissão para esclarecer sobre a operação da Polícia Federal (PF) na casa do jornalista Oswaldo Eustáquio; denúncias de assédio e importunação sexual envolvendo o ex-ministro Silvio Almeida; apuração da PF sobre as queimadas; ato administrativo do governo sobre o uso de armas e algemas em abordagens; e sobre um questionário sobre identidade e afinidade política de agentes da Polícia Rodoviária Federal.
Procurado para comentar as convocações, o Ministério da Justiça e Segurança Pública não havia respondido à reportagem até a publicação deste texto.
Durante a votação acelerada, o deputado Ismael Alexandrino (PSD-GO) pediu diversas vezes a palavra para questionar a votação. Segundo o parlamentar, a comissão acordara em discutir cada uma das sete convocações separadamente. Em todos os momentos o presidente falou por cima de Alexandrino.
Ao fim da votação, Meira pediu desculpas ao colega. "Admito que atropelei um pouco, é meu estilo trator". Alexandrino pediu que o deputado reconsiderasse seu estilo e, alegando quebra de confiança, anunciou seu desligamento da comissão. Meira classificou a atitude como lamentável.
A comissão também aprovou uma moção de repúdio aos candidatos à prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) e Marta Suplicy (PT) por alterarem a letra do hino nacional. Em referência ao episódio em que, em um comício de Boulos, o hino foi cantado em linguagem neutra. Procurada, a campanha de Boulos e Marta não respondeu.
A mesma sessão protagonizou ataques de parlamentares de direita ao deputado Ivan Valente (PSOL-SP) por conta de seu projeto que prevê mudanças no sigilo de investigações.
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