O elefante-marinho é encontrado nas águas geladas do Polo Sul e não é comum no BrasilReprodução / Instagram

Um elefante-marinho foi visto em uma praia de Garopaba, no sul de Santa Catarina, junto com o seu filhote recém-nascido. É o primeiro registro de uma fêmea da espécie dando à luz no litoral do Brasil, segundo o Instituto Australis, que documentou o ocorrido em suas redes sociais e seguirá acompanhando o caso.

Nas imagens publicadas, é possível ver os animais na areia, de frente para o mar. Uma placa foi colocada perto deles com aviso para manter distância. A fundação alertou para que pessoas não se aproximem dos bichos, já que eles devem ficar onde estão por semanas.
"A fêmea pode permanecer por 20 dias ou mais no mesmo local, amamentando este filhote. Sendo assim, é fundamental que tenha tranquilidade e segurança para cuidar do recém-nascido, neste período, por isso pedimos compreensão e apoio da comunidade, para não se aproximar buscando manter uma distância de pelo menos 50 metros e não deixar animais domésticos chegarem ao local", afirmou a postagem.
Segundo a equipe do instituto, que executa o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), o elefante-marinho-do-sul é encontrado nas águas geladas do Polo Sul, próximo à Antártica. Os nascimentos acontecem, principalmente, na Argentina. Portanto, a cena, flagrada na última sexta-feira (11), não é comum. Normalmente, os animais que caem no Brasil saíram de sua rota e vieram por engano.
Conforme a Associação R3 Animal, o resgate neste tipo de situação não é possível por causa do tamanho dos bichos e o risco que a operação representaria para eles e a própria equipe. Portanto, o elefante-marinho e seu filhote precisam de tranquilidade e segurança nos dias seguintes ao nascimento.
"Normalmente a mãe amamenta o filhote por cerca de 20 dias, período durante o qual ela fica exclusivamente com o filhote e não se alimenta. Isso faz com que percam bastante peso. Após este período a mãe desmama abruptamente o filhote e segue para mar. Já o filhote ainda fica em terra em torno de 2 meses, em jejum, antes de iniciar sua primeira migração para buscar alimento", explica o projeto.