Poda de árvores cabe à administração municipal, porém gestão alega que responsabilidade é da ENELBruno Eduardo Alves
Apagão em SP: botânico diz que poda não resolve 'caos arbóreo' e pede inventário completo
Prefeitura da capital paulista registrou 386 ocorrências de queda de árvores e galhos desde o temporal
A Prefeitura de São Paulo registrou 386 ocorrências de queda de árvores e galhos desde o temporal e o apagão da última sexta-feira, dia 11. Até segunda-feira, 14, somente 40% das remoções tinham sido resolvidas. A poda de árvores cabe à administração municipal, mas a gestão alega que o procedimento é de responsabilidade da concessionária Enel quando há risco à rede elétrica.
Os dados disponíveis na plataforma da Prefeitura referentes ao primeiro semestre deste ano apontam uma fila de 13,9 mil pedidos de poda ou remoção de árvores pendentes. No total, 46,7 mil solicitações foram registradas pelo telefone ou aplicativo do serviço 156, o canal oficial de atendimento.
Em entrevista à Rádio Eldorado, o botânico e paisagista Ricardo Cardim, especialista no assunto, disse que a cidade vive "um caos arbóreo" e que é preciso "mudar o pensamento de que poda é a solução". Cardim afirmou que é necessário fazer um inventário para saber quantas, quais são e o estado em que estão as árvores da cidade. Ele também defendeu que o tema seja tratado com a criação de uma agência federal e de um sistema único, nos moldes do que já existe na saúde.
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