Mulher foi liberada após audiência de custódiaDivulgação/Polícia Civil

Uma criança, de apenas 9 anos, foi expulsa de casa pela própria mãe após denunciar que sofria abuso sexual do padrasto, em Caldas Novas, cidade na região sul de Goiás, informou a Polícia Civil de Goiás (PCGO). 
De acordo com o delegado André Barbosa, a mulher foi detida após uma vizinha, que acolheu a menina, chamar a polícia. Os agentes relataram que ao chegarem à casa da suspeita encontraram outras três crianças, um bebê de sete meses e duas entre dois e cinco anos, sozinhas. 
"A Polícia Civil fez diligências para tentar encontrar a mãe e o padrasto, só que eles não foram encontrados de imediato. Cerca de 20 minutos depois, a mãe retornou à residência, momento em que foi dada a voz de prisão em flagrante", explicou Barbosa.
"Quando as crianças menores foram encontradas sozinhas, ela alegou que tinha saído para procurar a filha que tinha saído de casa", acrescentou.
A mulher, de 27 anos, foi autuada em flagrante, tanto por estupro de vulnerável, quanto por abandono de incapaz, em razão de as crianças terem sido encontradas sozinhas, sem supervisão de adultos. O caso aconteceu no dia 24 de dezembro.
Ainda durante a prisão, ela teria falado aos policiais que a menina estava mentindo sobre os abusos. Depois, na delegacia, disse que acreditava na versão contado pela filha.
"Ela mudou a versão que tinha dado inicialmente aos policiais civis, alegando que teria acreditado na filha e que estaria ligando para a polícia. Contudo, nenhum registro de ligação foi feito sobre o caso", contou.
O delegado ainda explicou que a menina relatou que "os abusos do padrasto foram por toques". No entanto, ela acrescentou que a prática vinha se repetindo.

"A menina disse para a testemunha, que ligou para a polícia, que tinha sofrido abuso do padrasto outras vezes, antes de contar para a mãe", ressaltou Barbosa.
O delegado também informou que a mulher foi liberada após audiência de custódia. O padrasto, de 23 anos, segue foragido. A identidade dos suspeitos não foi divulgada.
As crianças foram entregues aos cuidados da avó materna pelo Conselho Tutelar, informou André. Ele acrescentou que o caso foi encaminhado para a Delegacia Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e para a vara de infância e juventude, que deve decidir sobre a guarda das crianças.