Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira fica localizada entre o Tocantins e MaranhãoBombeiros Militar/Governo do Tocantins

A Marinha do Brasil informou que a força-tarefa de resgate das vítimas do acidente na ponte Juscelino Kubitschek, que liga os estados de Tocantins (TO) e Maranhão (MA), poderá ser encerrada nesta terça-feira (7).
Até o momento, as buscas resultaram na recuperação de 14 corpos, de um total de 17. Três pessoas seguem desaparecidas.

Segundo a MB, nesta terça será realizada uma nova varredura com mergulhadores para concluir um "ciclo técnico que elimina quaisquer lacunas nas áreas já exploradas". Mesmo assim, os trabalhos de busca poderão ser retomados "caso surjam novas informações concretas que contribuam para a localização das vítimas".
No entanto, a partir de quarta-feira (8), será necessária a abertura das comportas da barragem da Usina Hidrelétrica de Estreito, devido ao aumento do nível do reservatório e do regime de chuvas na região.

"Essa medida é indispensável para garantir a segurança da usina e das comunidades que vivem em seu entorno", explicou a Marinha em nota.
As operações de buscas contam com embarcações, drones subaquáticos e aéreos, além do trabalho de uma equipe de 64 mergulhadores especializados, composta por militares da Marinha do Brasil e Corpos de Bombeiros de diversos estados.

"Desde o início das operações, a Força-Tarefa concentrou esforços nas áreas com maior probabilidade de localização das vítimas, especialmente nas proximidades dos veículos e escombros", afirma a Marinha.
Queda de ponte
A Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que ligava os estados do MA e TO pela BR-226, desabou no fim da tarde do dia 22 de dezembro de 2024. A operação de busca e resgate teve início ainda no mesmo dia, com o reforço de várias frentes como Corpo de Bombeiros, empresas privadas e o emprego de embarcações, helicóptero e viaturas na região.

Até o momento, o trânsito de veículos - por meio de balsas - na região ainda não foi estabelecido pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). As empresas responsáveis pela manutenção da BR-226 "estão mobilizadas para atender às exigências da Marinha do Brasil na execução dos acessos e do atracadouro necessários para a operação das balsas".

Cumprida essa etapa e a liberação da outorga junto a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), as balsas deverão entrar em operação imediatamente sem custos. O serviço garantirá a travessia de carros de passeio, ambulâncias e caminhonetes.