De acordo com a Apib, os casos da doença na Terra Indígena Yanomami aumentaram em 27% entre 2023 e 2024Ministério da Saúde

O governo federal afirmou, neste sábado (8), que o número de mortes por malária na Terra Indígena Yanomami reduziu em 27% no primeiro semestre de 2024, em resposta ao Supremo Tribunal Federal (STF). Na nota, Casa Civil e Ministério da Saúde prometem que as explicações solicitadas pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso, serão entregues antes do prazo de dez dias. 
De acordo com a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), os casos da doença no território indígena, em Roraima, aumentaram em 27% entre 2023 e 2024. A associação relatou que as ocorrências de desnutrição e infecção respiratórias agudas também estão em "constante crescimento". No texto, o governo diz que o número de registro de casos cresceu, devido à ampliação de 73% da ocorrência de exames. 
"O Governo Federal reafirma que vem promovendo, desde 2023, a maior operação já realizada pelo Estado na Terra Indígena Yanomami", informa o documento.
Barroso deu dez dias para o governo explicar o aumento, na última quinta (6). A causa da alta dos casos de malária não é explicada pelas pastas, que garantem "o funcionamento de 100% dos polos-base do território, ampliando em 155% o número de profissionais e reabrindo todas as unidades de saúde que estavam fechadas, o que resultou na reinclusão de mais de 5.200 indígenas que estavam desassistidos". 
"Embora o boletim indique que o aumento de casos notificados esteja relacionado ao aumento da cobertura de serviços de saúde, é estarrecedor que, após pelo menos dois anos de conhecimento público sobre a situação, sejam registrados, em um período de seis meses, 18.310 casos (dezoito mil trezentos e dez casos) em um conjunto populacional de 32.012 (trinta e dois mil e doze) indígenas, o que representa mais da metade da população possivelmente contaminada", disse a Apib na manifestação.