Ronaldo Caiado tem 75 anos e é governador de GoiásReprodução / YouTube
Vídeo! Caiado detona governo Lula e ironiza Haddad: 'Não sei mais quem é ministro'
Em entrevista ao 'Roda Viva' desta segunda-feira (9), governador de Goiás afirmou que país caminhará para 'venezuelização', caso a centro-direita seja derrotada em 2026
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), criticou a gestão de Fernando Haddad no Ministério da Fazenda e afirmou que ele foi desmoralizado por Gleisi Hoffmann, ministra da Secretaria de Relações Institucionais. Em entrevista ao "Roda Viva", da TV Cultura, transmitida nesta segunda-feira (9), o pré-candidato à Presidência em 2026 revelou propostas de governo e apontou que se a centro-direita perder o pleito do ano que vem, o país caminhará para uma "venezuelização".
"O problema do Fernando Haddad é que eu não sei mais quem é o ministro. Se é ele, a Gleisi Hoffmann... Aí, vocês me perguntaram o porquê da dificuldade de se acreditar no governo do PT. Quando o presidente chama a Gleisi Hoffmann para ser ministra da interlocução política, ele não quer governar o país", apontou Caiado, de 75 anos.
O governador apontou, em seguida, que Gleisi "desmoralizou" Haddad e opinou que o ministro não possui mais autonomia sobre sua pasta. "Não tem nada que seja mais grave do que o tiro dentro da própria trincheira. O tiro amigo é o que desmonta, desestabiliza a pessoa. A tal ponto que você vê que o ministro do Transporte estava falando sobre IOF, agora não sei qual colocaram para falar sobre LCA e LCI. Nem esse respeito estão tendo por ele", disse.
Ao ser perguntado sobre propostas para a área econômica, Caiado respondeu que pretende cortar 1% da proporção dívida/PIB ao ano e avaliou as despesas do governo Lula.
"Não vai ser arcabouço, nem teto de gastos. Todo ano, eu garanto entregar um corte de 1% sobre o percentual da dívida/PIB. Este é meu compromisso nessa área. E na hora que eu entregar isso, o mercado vai saber que é possível fazer, porque eu fiz. Peguei um estado quebrado, sucateado, bloqueado no Tesouro. Hoje, tenho um estado totalmente dentro das regras do equilíbrio fiscal e com dinheiro em caixa. 1% da dívida/PIB, que o governo Lula já aumentou em 4,3% em dois anos e seis meses. A previsão é que ele chegue a 82% da dívida/PIB no final do mandato dele. Veja bem a escala de endividamento do país. 41% do gasto público do governo hoje é taxa de juros e parcelas."
'Venezuelização'
O pré-candidato sugeriu que o Brasil caminhará para uma "venezuelização", caso a centro-direita perca as eleições de 2026, e apontou que o próximo mandatário precisa "mostrar para que veio".
"Muitos já sinalizaram, que depois que assumem o poder, realmente ficam anestesiados pelo 'entourage' toda que o acompanha no dia a dia e fica imantado pelo poder e às vezes, não tem noção daquilo que o Brasil está vivendo. Um presidente da República, neste momento, vai ter que fazer uma análise profunda de como ele vai governar. Se a centro-direita perder o governo em 2026, nós estamos em marcha batida para uma 'venezuelização' em todas as ações do Governo Federal", alertou.
Caiado também avaliou que se um candidato da centro-direita ganhar as eleições, ele precisa "mostrar para que veio" e não pode, em "hora alguma, minuto algum", pensar em ser candidato à reeleição. "As medidas dele têm que ser para poder resgatar um país que vem sendo duramente punido por corrupção, violência, incompetência, conivência. Isso tudo tem que ser medidas duras por quem tenha autoridade moral. Porque se quem chega lá for preposto de alguém, ou porta-voz daqueles que o elegeram, não a vontade popular, ele não vai governar", concluiu.
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