Operação policial investiga crimes como adulteração de combustíveis e lavagem de dinheiroMarcelo Camargo/Agência Brasil

A Bioenergia Brasil, o Instituto Combustível Legal (ICL), o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom) e a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) divulgaram nota manifestando "apoio irrestrito" às autoridades responsáveis pela Operação Carbono Oculto.

"O combate às práticas ilícitas é fundamental para proteger consumidores, garantir a arrecadação de tributos, fortalecer a confiança dos investidores e assegurar um ambiente de negócios transparente, que valorize empresas idôneas e inovadoras", disseram no comunicado. "A operação, que dá continuidade a outras medidas já executadas pelo governo paulista — como a responsabilidade solidária dos postos de combustíveis — garante a ordem e a segurança necessárias aos cidadãos de bem."

Conforme a nota, o setor sucroenergético e o de combustíveis são estratégicos para a economia nacional. "A Bioenergia Brasil, o ICL, o Sindicom e a Unica reafirmam seu compromisso com a ética empresarial e com a colaboração permanente com o poder público, na construção de um mercado cada vez mais justo e competitivo", destacaram.
ICL
O Instituto Combustível Legal (ICL) também manifestou "total apoio" a operações contra a presença do crime organizado no setor de combustíveis. Em nota, a instituição destaca o fato de que somente a Operação Carbono Oculto foca em 350 alvos com mandados de prisão, busca e apreensão em sete Estados brasileiros para desarticular um esquema criminoso no setor de combustíveis.

"Existem suspeitos da prática de crimes contra a ordem econômica, adulteração de combustíveis, crimes ambientais, lavagem de dinheiro, fraude fiscal e estelionato, reforçando a necessidade de a sociedade estar atenta à expansão do crime organizado em setores formais, seguindo o exemplo da máfia pelo mundo", afirma o Instituto.

O ICL diz ainda que, além de lavar dinheiro ilícito e afetar diretamente a segurança pública, a atuação do crime no setor impacta diretamente a arrecadação de impostos e as políticas públicas, a concorrência entre os bons operadores do setor e o dia a dia dos milhões de motoristas que compram combustível diariamente.

"Temos alertado para a entrada do crime organizado no setor de combustíveis nos últimos anos, causando enormes prejuízos econômicos e sociais. Acreditamos que esta operação pode ser um marco em nossa sociedade para deixar claro, através de ações, que o Brasil não está disposto a tolerar práticas ilícitas. Reforçamos também a urgência na aprovação de leis que punam, de forma exemplar, devedores contumazes e quem mais buscar brechas para atuar de forma ilegal", afirma o presidente do Instituto Combustível Legal, Emerson Kapaz.