Declaração do ministro Luís Roberto Barroso foi feita durante a última sessão à frente do Conselho Nacional de JustiçaValter Campanato/Agência Brasil
Ao fazer um balanço da sua gestão, Barroso comentou dados da pesquisa Justiça em Números, que foram divulgados durante a sessão. O levantamento aponta que o Judiciário possui 278.826 servidores e que o total de magistrados é de 18.748. Somente 14,3% dos magistrados são negros, enquanto o percentual de servidores negros é 33,7%.
"Cerca de 50% da população se identifica como preta ou parda, portanto, a representação no Judiciário é deficiente em relação às pessoas que têm essa identidade”, disse o ministro, ao defender iniciativas como o programa que concede bolsas de estudos para pessoas negras, com deficiência e indígenas que vão fazer as provas de ingresso na magistratura.
A pesquisa indica ainda presença de 39% de magistradas e 55,3% servidoras em todos os ramos da Justiça.
Gastos
Na avaliação do presidente, os números mostram que Judiciário tem custo elevado, mas “vale muito”. De acordo com Barroso, a arrecadação com taxas processuais e multas de condenações equivale a mais da metade das despesas. A pesquisa aponta que as receitas do Judiciário no ano passado chegaram a R$ 79 bilhões, equivalente a 54% das despesas.
"O Judiciário custa caro, não gostaria de negar isso. Mas ele presta um serviço valioso de ter o Estado brasileiro presente em 6 mil municípios [5.570], nem todos são comarcas, todos atendidos por juízes de direito que asseguram o acesso à Justiça”, afirmou.
Posse
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