Ministério Público de Pernambuco investiga maus-tratos a animais em SalgueiroDivulgação

Pernambuco - O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) abriu um procedimento administrativo verificar as condições do canil municipal de Salgueiro, no interior do estado, após denúncias de supostos maus-tratos praticados no Centro de Proteção Animal (CPA).
A apuração teve início depois que a Promotoria de Meio Ambiente recebeu relatos — incluindo uma queixa registrada na plataforma Audivia — apontando que animais estariam sendo maltratados dentro da unidade. As informações são do jornal "Diário de Pernambuco".
As denúncias também mencionam que, quando os animais morrem, os corpos estariam sendo descartados de maneira irregular em áreas rurais do município, como nas localidades de Monte Alegre e Pau Ferro.
O MPPE reforça que a defesa da fauna, tanto doméstica quanto silvestre, integra a proteção ambiental prevista na Constituição.
Determinações
Para aprofundar as investigações, o órgão determinou uma série de providências. A principal delas é o envio de um ofício à Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro), solicitando que o órgão realize uma vistoria técnica no CPA no prazo de 30 dias.
A inspeção deverá analisar itens como higiene, alimentação dos animais, estrutura do espaço, possíveis indícios de superlotação, poluição sonora e o manejo dos resíduos, incluindo o destino dos animais mortos.

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Salgueiro também foi oficiada e terá 10 dias para prestar esclarecimentos sobre pontos citados na denúncia.  A portaria com as determinações foi publicada no Diário Oficial desta sexta-feira (28).
O DIA procurou a Prefeitura de Salgueiro para mais esclarecimentos. A administração pública informou que o "Centro de Proteção Animal, que é uma vitória muito grande para os amantes dos animais. Sendo referência para toda região".
A prefeitura também afirma que recebeu "com surpresa essa ação, mas tambem com muita tranquilidade. Estamos abertos e prontos para qualquer fiscalização. Seguimos todas as normas da vigilância sanitária e órgãos de controle".