Falsa grávida Reprodução/Rede social
Por meio de nota, a secretaria Municipal de Saúde informou que o médico responsável pelo atendimento foi imediatamente afastado de suas funções e que foi instaurado um processo administrativo para apurar rigorosamente os fatos.
A pasta classificou o caso como grave e destacou que a paciente portava exames que apontavam para uma gestação, o que exige ainda mais atenção por parte da equipe médica.
“A paciente relatava uma gravidez e portava exames pré-natais, o que torna ainda mais grave qualquer falha no atendimento. Independentemente da situação, é dever de todo profissional da saúde seguir com rigor as normas, condutas e protocolos estabelecidos e orientados pela Secretaria de Saúde de Cabo Frio”, diz a nota.
O município também afirmou que prestará apoio à família da paciente e garantiu que buscará responsabilizações, se for o caso, para evitar que situações semelhantes voltem a acontecer. “A Prefeitura se solidariza com a família da paciente, prestará todo o apoio necessário e não se furtará de buscar as respostas e responsabilizações cabíveis.”
O caso foi revelado com exclusividade pelo Jornal O Dia durante o fim de semana. A jovem havia afirmado estar grávida desde o ano passado, e a família organizou um chá revelação, chegando a gastar cerca de R$ 5 mil. Nos dias que antecederam a cirurgia, ela dizia sentir contrações e apresentava sintomas compatíveis com trabalho de parto.
A sogra relatou ter ouvido batimentos cardíacos durante a triagem, o que levou a família a pressionar a equipe médica para que o parto fosse realizado com urgência, acreditando que os bebês poderiam estar em risco. Posteriormente, foi constatado que os batimentos não eram fetais, mas sim da própria paciente.
No entanto, durante o procedimento, a equipe médica constatou que não havia gestação. O filho da paciente acompanhava o parto e foi informado pelos profissionais dentro da sala. Do lado de fora, a sogra aguardava para fotografar os supostos netos e foi surpreendida com a notícia.
O pai dos gêmeos — que nunca existiram —, a sogra e a mãe da jovem receberam atendimento psicológico logo após o ocorrido. A paciente, que afirmava estar grávida, também foi acompanhada pela equipe de psicologia do hospital.
Após o ocorrido, a própria família procurou o Jornal para denunciar o caso e, ao mesmo tempo, pedir que a equipe médica não fosse punida. Os parentes afirmaram que os profissionais sempre agiram com respeito e que toda a pressão para a realização do parto partiu deles, que acreditavam estar diante de uma gestação real.
O prefeito Dr. Serginho (PL) também se manifestou, informando que a equipe não havia sido demitida, mas sim afastada preventivamente. Ele destacou que levou em consideração o apelo feito pela família e que o caso será minuciosamente apurado.
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