Diogo Viola teria solicitado a Letycia que fizesse empréstimo de R$ 16 mil, para ele pagar dívidas Foto Divulgação
Campos – As peças reunidas nas investigações feitas até agora sobre o assassinato da engenheira de produção Letycia Peixoto Fonseca, 31 anos, dia dois último, já sinalizam claramente para um caso totalmente solucionado, ocorrido em Campos dos Goytacazes, ao norte do Estado do Rio de Janeiro; ela estava grávida de oito meses.
Mesmo ainda não havendo nenhuma manifestação oficial neste sentido, há características de duplo homicídio, porque o bebê chegou a nascer horas depois de a mãe ter sido morta, mas, também morreu (na manhã seguinte), em conseqüência. Cinco pessoas estão presas e, pelo que a polícia apurou, trata-se de crime passional, contratado ao valor de R$ 5 mil, cabendo R$ 1.250 a cada um dos dois executores.
O dono da moto usada no crime seria o intermediador, a mando do professor do Instituto Federal Fluminense (IFF), Diogo Viola de Nadai, que seria sócio de Letycia em uma loja de calçados; ambos estariam convivendo em união estável.
A prisão de Diogo, na noite de terça-feira (07), foi determinada pelo juiz Adones Henrique Silva Ambrosio Vieira, a pedido da titular da 134ª Delegacia de Polícia, Natália Patrão, que diz estar aguardando dados tecnológicos solicitados às operadoras para fechar as investigações.
O juiz deixa evidente que um dos fatores que pesaram para ele ter atendido à delegada foi a descoberta, pela policial, de que o professor teria tentado apagar todo seu Iphone e Icloud: “não fosse ele o mandante, não haveria nenhum motivo para fazer isso logo após a execução", pontua Natália.
Com base nos fatos narrados no pedido de prisão preventiva, o juiz Adones Henrique é enfático: "sendo, supostamente, o autor intelectual e mandante do homicídio, Diogo demonstra elevado grau de periculosidade, além de ostentar poder de interferência direta nas investigações, inclusive pelo poder aquisitivo e posição como empresário nesta Comarca".
A mãe de Letycia, Cintia Pessanha Peixoto Fonseca, aponta fatos que também agravam a situação do professor; um deles, o relacionamento conturbado entre a filha e o companheiro; outro - ele havia sido contrariado ao ter solicitado à Letycia que fizesse empréstimo de R$ 16 mil, em nome dela, para pagar dívidas da loja.
Quanto a esse fato, o magistrado reproduz trecho do depoimento de Cíntia: “no dia do crime, na hora do almoço, Letycia comentou que Diogo pediu para que ela fizesse um empréstimo no valor de R$ 16 mil em nome dela, para que ele pudesse pagar as dívidas, mas ela negou, então ele disse que iria conseguir com um amigo”.
Mais uma descoberta forte contra o professor é relacionamento próximo que ele teria com o dono da moto, apontado como negociador entre Diogo e os homens que mataram Letycia: “ele agia com falsidade nas atitudes relacionas à gravidez”, declara a mãe da vítima. A expectativa é de que Natália Patrão consiga fechar os trabalhos ainda neste final de semana.
RESUMO DO CASO – O Homicídio foi praticado por dois homens em uma moto, quando Letycia Peixoto Fonseca chegava a casa, no Parque Aurora, em Campos; ela estava grávida de oito meses, cujo bebê chegou a nascer, mas morreu na manhã de sábado (04).
O polícia investigou que, cerca de três horas da prática do homicídio, os dois autores foram parados em uma blitz na Baixada Campista, há cerca de 10 quilômetros do local da execução; a documentação do carro estaria atrasada desde 2019, porém, nada de irregular com as documentações dos dois,
Letycia estava em companhia da mãe (que levou tiro na perna esquerda) e dirigia um Gol branco, sendo morta no interior do veículo. Cinco pessoas estão presas, inclusive o suspeito de ter sido o mandante (professor Diogo Viola), com quem a vítima conviveu e que seria o pai do9 bebê.
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