O Solar dos Airizes é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional desde 1940 Foto Portal Viu/Divulgação

Campos - Construído no Século XIX em dois pavimentos com planta em "U" e uma extensão de 45 metros, o Solar dos Airizes é um dos patrimônios históricos de Campos dos Goytacazes (RJ); foi residência do geólogo, pesquisador e escritor campista Alberto Lamego e está sendo deteriorado ao longo do tempo.
Desde quando assumiu o governo, o prefeito Wladimir Garotinho vem buscando alternativas para restaurar o prédio, na BR-356 (localidade de Martins Lage) que foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 1940; a parceria, dentro da filosofia administrativa adotada, é uma das iniciativas.
A visita feita por Wladimir ao Porto do Açu (instalado entre São João da Barra e Campos) nessa terça-feira (09) é considerada um passo importante para a pretensão do prefeito; ele apresentou propostas a diretores da Ferroport, empresa que opera o terminal de processamento e exportação de minério no complexo portuário.
O estreitamento do relacionamento institucional com a Ferroport está alinhavado; o principal foco é desenvolvimento de projetos nas áreas social, cultural e de geração de emprego. Os argumentos de Wladimir e as propostas expostas por ele. Segundo avalia, sensibilizaram os empresários.
“Iniciamos conversas sobre a realização de projetos com a participação da empresa e acordamos em criar uma comissão para dar celeridade nas ações de parcerias institucionais”, reafirma Wladimir resumindo que o grupo de trabalho estará atuando em conjunto na elaboração dos projetos.
A proposta do prefeito é priorizar a restauração do Solar dos Airizes: “O objetivo é abrigar no prédio um imponente museu com muitos dos seus símbolos de época, contando a rica história de Campos, desde o apogeu da energia proveniente dos canaviais, do petróleo, até os dias atuais, da energia solar e eólica”, adianta.
Advogado da Ferroport, Pedro Araújo admite a possibilidade de uma aproximação extensiva com a prefeitura: “Mais da metade das pessoas que trabalham conosco são de Campos e temos interesse em atuar no desenvolvimento de projetos voltados ao bem-estar das pessoas”.
Araújo ressalta que a empresa já é parceira no Biblioteca nas Escolas com o município e pode ampliar projetos na área do esporte: “Por lei, o incentivo ao esporte, por exemplo, permite destinar até 2% do imposto de renda; da mesma forma, podemos utilizar incentivos da Lei Rouanet para desenvolver projetos culturais”.
Entre as possibilidades, o advogado enumera teatro em escolas; e Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica, em conformidade com o Programa Nacional de Apoio à Oncologia (Pronon): “Além do Fundo do Idoso, para o qual podemos destinar até 1% do Imposto de Renda, dentre projetos de outras áreas”, acrescenta.
Ao dar um parecer sobre o encontro, o diretor da Ferroport, Carsten Bosselmann, pontua que foi muito proveitosa: “Certamente, vai evoluir com a realização de iniciativas que passam pela avaliação dos nossos acionistas e critérios da Ferroport, que avalia os projetos com base na legislação”.