Necessidade de refazer a rede onde os fios foram furtados prejudica reparo em pontos de iluminação Foto César Ferreira/Secom

Campos - Furtos de cabos de energia elétrica estão acontecendo com freqüência em Campos dos Goytacazes (RJ), prejudicando o sistema de iluminação pública em diversas áreas do município. De acordo com a secretaria que cuida do setor, a incidência do crime aumentou nos últimos 60 dias.
O subsecretário de Iluminação Pública, Diego Dias, reclama que, por conta da necessidade de refazer a rede em avenidas e praças, onde os fios foram furtados, o órgão foi obrigado a adiar o reparo em outros cinco mil pontos de iluminação do município.
“Os furtos são combatidos pela Polícia Militar e registrados nas delegacias da Polícia Civil, responsável pela investigação”, aponta Dias ressaltando que mais preocupante do que prejuízo causado ao erário público “é o risco de os cidadãos virarem alvos de diferentes tipos de crimes em locais escuros, onde a rede foi danificada pela ação de ladrões, até o reparo ser realizado”.
O subsecretário destaca que na última semana, houve necessidade de refazer toda a rede da Avenida Lourival Martins Beda, do Parque Bela Vista até a rotatória depois do Parque Imperial: “Somente no trecho, foram furtados 1.280m de cabos; os ladrões têm atuado em outros pontos”.
O mesmo aconteceu recentemente na Avenida Francisco Lamego, na Orla II, em Guarus, de onde foram levados todos os cabos da rede entre a ponte Saturnino Brito (Ponte da Lapa) e a ponte Barcelos Martins, na altura da Avenida Salo Brand.
“Outras avenidas que ficaram sem iluminação e receberam reparos emergenciais foram a 28 de Março, nas proximidades do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense (IFF-Centro) e a Deputado Bartolomeu Lizandro, trecho urbano da BR-356 (Campos-Itaperuna)”, pontua Dias reforçando que as polícias Militar e Civil estão comprometidas no propósito de ajudar a combater esses crimes.
“Estamos refazendo as redes”, informa o subsecretário explicando que, regularmente, já é realizado trabalho na rede, trocando para aérea onde ainda é subterrânea e existe um cronograma a ser seguido: “Só que, quando precisamos executar o refazimento em pontos onde os cabos foram furtados, temos deslocar as equipes”.
Diego Dias argumenta que o refazimento demanda tempo, custos e atrapalha diretamente o serviço fim: “Fazer a recomposição da rede quando tem vandalismo, quando tem furto, faz parte também do nosso trabalho; ocorre que, novamente, estamos com alto índice de furto; nesses últimos dois meses, praticamente perdemos três equipes só para atuar em locais onde furtaram os cabos”.