Campos volta a se destacar em empregabilidade, segundo dados do Caged referentes a abril Foto César Ferreira/Secom

Campos - Com saldo acumulado de 1.419 vagas até abril, Campos dos Goytacazes, maior município do Estado do Rio de Janeiro, na região norte fluminense, volta a figurar com saldos positivos em geração de empregos formais no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência.
A expectativa é de que os números sejam ainda mais expressivos, em razão de ainda não tenha sido computado o aumento das contratações em função do período da safra da cana de açúcar. Oficialmente, o sistema de registros do ministério aponta, somente em abril, criação de 528 novas vagas de emprego com carteira assinada.
Os dados mostram que, mais uma vez, o destaque foi o setor de serviços, com 305 vagas do total registrado. O diretor de Indicadores Econômicos e Sociais da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, economista Ranulfo Vidigal, lembra que Campos se mantém como o sexto município do estado do Rio de Janeiro em formalização de empresas de pequeno e médio porte.
Segundo Vidigal, de janeiro a abril deste ano, foram criadas 766 Microempresas (MEs) e Empresas de Pequeno Porte (EPPs), crescimento significativo considerando que, no mesmo período de 2022, o município registrou a criação de 600.
“Mais um mês positivo, seguindo o ritmo de crescimento da empregabilidade formal e formalização de novas empresas verificado desde o início do ano”, ratifica o economista, para quem a tendência é que, nos meses de maio e junho, período de safra da cana, esses números ainda aumentem, impactados por contratações para a atividade.
“É preciso destacar que alguns fatores colaboram para que figuremos positivamente no Caged”, ressalta Vidigal pontuando: “Além da conjuntura nacional, com o país se recuperando gradativamente no contexto da empregabilidade, tem a credibilidade do governo municipal, que tem uma gestão que honra os compromissos mantendo pagamentos em dia e, ainda, com grande capacidade de formar parcerias para atrair empreendimentos e investimentos para o município”.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Mauro Silva, reforça a opinião do economista, destacando a importância das parcerias promovidas pelo governo municipal para a geração de emprego e renda; cita, inclusive, as fechadas recentemente como o governo estadual, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços.
DESACELERAÇÃO - No quadro geral regional, o emprego formal na região norte desacelerou, gerando um saldo de 2.057 vagas em abril, com destaques, além de Campos, para Macaé e São João da Barra. A avaliação é do portal de economia Conjuntura Econômica Fluminense (Coneflu), administrado pelo economista e pesquisador da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), Alcimar Chagas.
No acumulado do primeiro quadrimestre do ano, a região gerou 8.056 vagas: “Na avaliação setorial, considerando os principais municípios geradores de emprego (Campos, Macaé São João da Barra e São Francisco de Itabapoana), a liderança ficou com o setor de construção civil”, diz o Coneflu.
No período, a construção gerou 3.056 vagas, enquanto o setor de serviços registrou 2.785; indústria vem em seguida computando 1.965; agropecuária, 233. O portal Coneflu é um dos mais conceituados em avaliações sobre política econômica