Com ajuda de policiais militares, um dos participantes do crime foi preso e levado para a 134 DP Foto Divulgação/Polícia Civil

Campos – Em menos de três horas do assassinato de Jeferson Rangel dos Santos, na madrugada dessa terça-feira (06), na Baixada Campista, em Campos dos Goytacazes (RJ), a delegada Natália Patrão, titular da 134ª Delegacia de Polícia, conseguiu desvendar o crime e prender um dos participantes; mas, o executor ainda está foragido.
O homicídio aconteceu por volta de 04h40, na Estrada de São Sebastião, nas imediações de uma pracinha, onde a vítima bebia com o cunhado (suspeito de tê-lo matado) em um bar; ambos teriam se desentendido e, pouco tempo depois, ocorreu o crime. A ação da delegada e sua equipe, com apoio de policiais militares, foi imediata.
Após ouvir testemunhas, Natália Patrão ficou sabendo que o executor do homicídio era casado com uma irmã de Jeferson, de quem tinha bronca, por suspeitar de que ele estaria ajudando sua esposa a traí-lo.
“O executor saiu para pegar a arma, voltou de moto com o pai, que o levou até a casa de Jeferson, onde o suspeito efetuou disparos na vítima com um revólver”. A delegada apurou, ainda, que a vítima correu perseguida pelo cunhado que terminou a execução e fugiu ajudado pelo pai.
Após, o pai do executor deu fuga a ele. “Antes de praticar o homicídio, o autor foi à casa de um primo dele, de quem ele desconfia estar se relacionando com sua mulher, e o agrediu a coronhadas de arma de fogo; o primo teve de ser hospitalizado, levando oito pontos na cabeça”, revela Natália Patrão.
Durante as investigações, além das informações de testemunhas, a delegada buscou detalhes em imagens de câmeras próximas do local, ouviu M.J.S.D., pai do executor, arrecadou outros detalhes por meio de quebra de sigilo e obteve mandado de prisão preventiva em face de M.J.S.D, considerado coautor.
EM DESTAQUE - Desde quando assumiu a titularidade da 134ª Delegacia de Polícia de Campos, em agosto de 2021, Natália Patrão vem se destacando na precisão e agilidade das investigações. Ela era adjunta do delegado Ronaldo Cavalcante, transferido para a 128ª DP de Rio das Ostras.
Na época, Cavalcante ressaltou que “Natália é uma excelência em competência”. Em março deste ano, a delegada também desvendou com rapidez o assassinato da engenheira Letycia Peixoto Fonseca, que estava grávida de oito meses, descobrindo e prendendo em tempo recorde todos os envolvidos.
O crime - de grande repercussão em Campos - teve como mandante o professor do Instituto Federal Fluminense (IFF), Diogo Viola de Nadai. O trabalho de excelência da policial é reconhecido pelas Câmaras Municipais de Campos e de São João da Barra, das quais recebeu moções. Natália está há 13 anos na polícia e somente este ano já fez mais de três mil ocorrências e justifica que seu trabalho é em equipe.