Ovitrampa é um vaso plástico preto onde é diluída uma substância que atrai as fêmeas do mosquito Foto CCZ/Divulgação
O processo vem sendo realizado pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) desde 2019; porém, o município está entre os 13 selecionados pela Secretaria de Estado de Saúde para aprimoramento do projeto, dinamizando o monitoramento populacional do Aedes aegypti.
A medida segue recomendação do Ministério da Saúde e está sendo aplicada em 27 bairros da área urbana e nas com características urbanizadas, tendo sido instaladas 273 armadilhas; todas terão as palhetas de madeira substituídas, num total de 546 peças do material usadas para a oviposição.
A explicação é do o subcoordenador do Programa Municipal de Controle de Vetores (PMCV), Sílvio Pinheiro; ele assinala que o processo será realizado a cada dois meses, sempre nas três semanas que antecedem cada ciclo epidemiológico.
“Ovitrampas é um método que utiliza um dispositivo capaz de atrair fêmeas de Aedes aegypti e Aedes albopictus em busca de locais para depositar seus ovos”, resume Pinheiro revelando que “há potencial de monitorar continuamente o vetor em seus diferentes espaços”.
Segundo ainda o subcoordenador, o potencial permite direcionar as ações de controle de acordo com a positividade e, principalmente, a densidade populacional, tornando mais sensível o monitoramento: “O uso das Ovitrampas permite identificar a entrada de mosquito, fazer a vigilância entomológica, saber como está a densidade desse vetor e também contribui para a remoção de ovos no ambiente”.
Sílvio Pinheiro esclarece que a escolha de Campos para representar a Região Norte Fluminense ocorreu devido aos critérios epidemiológicos, operacionais e porque o governo municipal já realizava esse trabalho: “Essa é uma ferramenta muito utilizada para pesquisa e, há alguns anos estamos usando para monitoramento populacional e vigilância nas áreas urbanas e rurais”.
Por meio do sistema, o acompanhamento dos resultados ao longo do ano permite saber a distribuição do vetor no território, colaborando para a avaliação de risco de surtos epidêmicos. A Ovitrampa é um vaso plástico preto preenchido com água, onde é diluída uma substância (levedo de cerveja) que atrai as fêmeas do mosquito, para realizar a postura de ovos.
“Nesse vaso, é inserida a palheta com o lado áspero voltado para o centro do recipiente, onde ocorre a postura dos ovos”, detalha Pinheiro acentuando que “ao fazer a postura dos ovos na palheta, os agentes as recolhem e as levam para o laboratório, onde é feita a contagem da postagem”.
Na sequência, através de um aplicativo, as informações são enviadas para o Estado e o Ministério da Saúde: “A ferramenta é de fácil operacionalização, baixo custo e com um bom resultado”, conclui o subcoordenador.
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