Porto ocupará área total de 2.000 hectares aproximadamente e poderá acomodar vários terminais Foto Ilustração/Divulgação

Campos - Depois de atropelado em razão de pendências junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o início da instalação do Porto Central em Presidente Kennedy, no Litoral Sul do Espírito Santo, está liberado pelo órgão.
Trata-se de um investimento avaliado como dos mais importantes para o desenvolvimento do estado do Espírito Santo e parte do norte do estado do Rio de Janeiro, especialmente o município de São Francisco de Itabapoana.
A fase de pré-instalação do projeto está concluída desde o ano passado; agora vem instalação da fase 1 do masterplan (ferramenta de planejamento físico-espacial) do projeto.
Na fase 1 de construção da infraestrutura portuária, está prevista a geração de 1.295 postos de trabalho, em termos de mão de obra. De acordo com um condicionante socioambiental, 70% da mão de obra contratada terão de ser da região de construção do empreendimento.
Outro aspecto que terá de ser levado em consideração é quanto aos fornecedores, devendo ser priorizados os da região sul capixaba e norte fluminense, visando oportunizar benefícios à população local.
O assunto é pauta da Associação Comercial e Industrial de Campos dos Goytacazes (Acic), que marcou reunião para a próxima terça-feira (11), para detalhar o projeto aos empresários e população; será na sede da instituição, a partir de 20h.
O vice-presidente da Acic, Leonardo Castro de Abreu, adianta que outra reunião, desta vez pública, acontecerá dia 20, com início às 18h, em Presidente Kennedy (ES): “Um dos focos das reuniões será alteração da fase 1, antes do início das obras, bem como esclarecer, engajar e garantir maior espaço de debate com a sociedade”.
Abreu acredita que a fase 1 seja iniciada ainda este ano; ela prevê a construção de quatro dos 70 berços projetados: “Com área total de aproximadamente 2.000 hectares, o Porto Central poderá acomodar vários terminais de grande escala ao longo de seus 10 quilômetros de berços e píeres”.
“As vagas de empregos serão destinadas prioritariamente aos moradores locais”, enfatiza Abreu reafirmando que “as empresas contratadas também deverão ter maioria de trabalhadores da região em seus quadros, além de prioridade aos fornecedores locais preparados”.
A empresa responsável projeto do porto é a TPK Logística S.A. O investimento estimado é de R$ 100 milhões e a previsão é que as unidades, nesta primeira fase, estejam funcionando em 2026, com a primeira fase completamente voltada para o setor de energia.