Uma das captações de órgãos aconteceu nesse domingo no Hospital Ferreira Machado Foto César Ferreira/Secom

Campos - Três receptores cadastrados no Programa Estadual de Transplantes (PET) serão beneficiados com doações de fígado e rins de uma paciente de 60 anos, em Campos dos Goytacazes (RJ), de acordo com critérios técnicos e clínicos. A autorização foi referendada pelo marido para doadora.
A captação dos órgãos, a terceira em 15 dias, aconteceu nesse domingo (17), no Hospital Ferreira Machado, por meio do PET e do NF-Transplantes. Um dos integrantes da equipe, o psicólogo Luis Cosmelli, destaca que “a família doadora, mesmo com toda dor da perda, ainda encontrou dentro de si forças para fazer esse ato de generosidade e solidariedade”.
Cosmelli afirma que o NF-Transplantes continua trabalhando para alcançar cada vez mais o objetivo, que é salvar vidas: “Mas, sempre com ética e respeito; por isso, temos uma preocupação muito grande em humanizar e capacitar nossa equipe”, pontua o psicólogo.
De janeiro até o momento, foram captados dois corações; duas córneas; seis fígados e 16 rins, totalizando 26 órgãos direcionados para receptores cadastrados no PET-RJ: “Em 2022, o programa contabilizou um total de 13 doações de múltiplos órgãos”, contabiliza Cosmelli.
Os números superam os do ano de 2021, quando foram registradas nove doações, representando 44,5% a mais, se comparado ao ano anterior: “As doações efetivadas no ano passado possibilitaram que fossem realizados 13 transplantes de córnea; 12 de fígado; oito de rins; duas peles; dois ossos e dois tendões, beneficiando 36 pessoas”.
PIONEIRO - Já em 2021, Cosmelli assinala que foram nove doações, que ajudaram a salvar a vida de 32 pessoas, que receberam 10 córneas, seis fígados e 16 rins: “Reiteramos nossos agradecimentos às famílias doadoras, às equipes multiprofissionais envolvidas no processo e reforço que, quem quer ser doador (a), expresse esse desejo em vida para sua família, porque ela é a responsável pela autorização da doação”, enfatiza.
Segundo a Secretaria de Saúde, o Norte Fluminense Transplante é pioneiro nas ações e procedimentos pró-transplantes no interior do estado, junto ao Programa Rio Transplantes: “Pode ser doadora qualquer pessoa que venha a morrer por morte encefálica; apenas algumas doenças, como alguns tipos de câncer e o HIV, impedem a doação; para doar tecidos, além da morte encefálica, o doador pode ter sofrido parada cardíaca”, explica.