Depois de recolher material encontrado no interior, a Ordem Pública interditou o local Foto Divulgação

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Campos - Um restaurante desativado que vinha sendo utilizado por moradores de rua e usuários de drogas, na área central de Campos dos Goytacazes (RJ), foi desocupado pela Secretaria de Ordem Pública do município, com apoio dos policiais militares da Segurança Presente.
A operação aconteceu na noite dessa sexta-feira (27) e, segundo o secretário Jackson Souza, foi uma resposta direta ao crescente problema de segurança pública na área entre as Ruas Marechal Floriano e Tenente Coronel Cardoso, onde o prédio está localizado na esquina.
“A ação teve como objetivo coibir o uso indevido de locais desocupados na cidade, evitando que se tornem espaços propícios ao consumo de drogas e atividades relacionadas”, resume o secretário informando que os proprietários voltaram a ser notificados.
Próximo ao quartel do 8º Batalhão de Polícia Militar cerca de 500 metros, o prédio (onde funcionou o Restaurante Apalusa) está desativado há vários anos: “Transformado em ponto de encontro para pessoas em situação de rua e envolvidos no uso de substâncias ilícitas, isso gerou preocupações na comunidade e autoridades municipais, levando à intervenção da Secretaria de Ordem Pública”, ressalta Jackson.
Durante a desocupação não havia ninguém no local, que fica em frente à Igreja Santa Efigênia e próximo da Primeira Igreja Batista e da Faculdade de Direito de Campos. Os agentes recolheram colchões e vários pinos de cocaína e interditaram o prédio que está sob vigilância.
MORADORES DE RUA - A Secretaria de Comunicação (Secom) destaca que logo que assumiu, o prefeito Wladimir Garotinho buscou parceria com o governo federal para adotar o programa Consultório na Rua com foco na assistência à População em Situação de Rua (PSR), que é desenvolvido pela Secretaria Municipal de Saúde, com apoio da Desenvolvimento Humano e Social.
Estão também envolvidas as Redes de Saúde Mental e de Urgência e Emergência, bem como a Segurança Púbica Municipal e Estadual, através do Corpo de Bombeiros Militar. As ações acontecem de segunda a sexta-feira, prioritariamente das 17h às 22h, por uma equipe multidisciplinar formada por assistente social, enfermeira e técnicos de enfermagem.
Para desenvolver as ações, foram mapeados os locais de maior concentração da PSR, desde o centro da cidade até Guarus. As demandas de saúde que a equipe não puder solucionar no espaço da rua, são encaminhadas para os pontos de atenção da rede de saúde que já estão cientes da condução dos processos de trabalho.
Segundo o subsecretário de Atenção Básica, Vigilância e Promoção da Saúde, Charbell Kury, o Consultório na Rua busca trabalhar com a ótica de construção de vínculos, com respeito às diferenças, à promoção de direitos humanos, a inclusão social e o enfrentamento do estigma que marca profundamente esse segmento social.
"As ações visam o atendimento às demandas de saúde da PSR in loco, fortalecendo a autonomia, respeitando as escolhas dos usuários por meio de uma conduta não julgadora ao comportamento do grupo”, ressalta Charbell enfatizando que uma das diretrizes do trabalho se trata da política de redução de danos direcionadas aos que fazem uso de substâncias psicoativas.
Também faz parte das iniciativas focadas na PSR o Centro de Referência para População em Situação de Rua (CentroPop) para onde pessoas abordadas são direcionadas e acolhidas nos equipamentos da prefeitura, Casa de Passagem e Lar Cidadão ou reinseridas ao convívio familiar. A primeira dama do município, Tassiana Oliveira, tem se envolvido em algumas ações.