Maurício Cabral recebeu representantes dos trabalhadores para assinatura da proposta Foto Divulgação

Campos – Com vigência a partir deste mês, os motoristas de transportes de carga e passageiros de Campos dos Goytacazes (RJ) recebem reajuste de 4,14%. O aumento faz parte de Convenção Coletiva de Trabalho assinada nessa terça-feira (14) no Sindicato do Comércio Varejista (Sindivarejo).
O documento leva as assinaturas de Mauricio Cabral (presidente do Sindivarejo) e de Roberto Virgílio Duarte, do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários de Carga e Passageiros do Comércio Varejista, que chegou a propor um percentual de 10%. De acordo com a função exercida, os salários variam entre R$ 1.644,91 a R$ 2.596,37.
Foi acordado que a Convenção Coletiva tem validade até 31 de outubro de 2024 e já está disponível no site do Sindivarejo (www.sindivarejocampos.com.br). Maurício Cabral explica que o reajuste é para os profissionais da categoria que trabalham no transporte do comércio varejista, “como de lojas de móveis, por exemplo”.
O presidente do Sindivarejo avalia que esse foi um grande passo entre empresários e colaboradores do setor de transporte. De acordo com Maurício Cabral, o acordo também prevê um abono de alimentação no valor de R$ 23,00.
PERCENTUAL MAIOR - O sindicato dos trabalhadores defendia um percentual de 10%; mas, Roberto Virgilio afirma que a alegação dos empresários foi que, no momento, está fora de condições: “A contraproposta foi baseada no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado mais as vantagens previstas no acordo”.
Virgilio argumenta que mesmo não tendo sido o pretendido pela categoria, os 4,14% acordados não deixam de ser um avanço: “Optamos pelo consenso, pensando no momento; porém, continuaremos lutando por benefícios maiores, de acordo com nossas necessidades”.
Além de Campos, o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários de Carga e Passageiros abrange os municípios de São João da Barra, São Francisco de Itabapoana, São Fidelis e Cardoso Moreira, todos na região norte fluminense. São cerca de três mil trabalhadores.