A Faculdade de Medicina de Campos foi fundada há 56 anos e está localizada no centro da cidade Foto Portal Viu/Divulgação

Campos - Os alunos da Faculdade de Medicina de Campos (RJ) estão envolvidos com a eleição do Diretório Acadêmico Luiz Sobral (DALS), que aconteceu em clima polêmico desde o período de formação de chapa. Há denúncia de que estaria havendo articulação para que a atual diretoria permaneça; mas a presidente do diretório, Maria Gabriela, contesta, garantindo que o processo obedeceu aos critérios legais. Venceu a situação e a oposição anuncia que deverá ingressar na Justiça.
A atual diretoria tem na presidência Maria Gabriela Carvalho, vitoriosa no pleito desta segunda-feira (13). A oposição, que concorreu com Emanuel da Mata, alega ter havido uma série de eventos que caracterizam irregularidades, tanto na eleição quanto no período pré-eleitoral e admite a judicialização.
Até o fechamento desta matéria não havia detalhes sobre resultado nem quais os motivos da contestação. Um defensor da renovação diz apenas que “a eleição foi um absurdo” e que “a vitória dos adversários deve ter sido por uma diferença de cerca de 100 votos”.
“O diretório existe desde dezembro de 1967; pelo menos durante os últimos 20 anos as eleições não apresentam chapas concorrentes, prevalecendo chapa única que necessita apenas de um mínimo de votos para se eleger”, comenta a chapa Renovação, encabeçada por Emanuel da Mata, tendo como companheiro Guilherme Mendes, com proposta de “libertar os estudantes da oligarquia”.
IMPUGNAÇÕES - Os integrantes ressaltam que a falta de concorrência deixa os alunos com a representatividade comprometida: “Por isso, tivemos a coragem de inscrever uma chapa concorrente pela primeira vez em muitos anos”, pontuam nas redes sociais. Eles reclamam que tiveram que substituir cinco membros da chapa praticamente encima da hora.
“Faltando apenas 47 minutos para um debate entre as duas chapas perante alunos da faculdade, com auditório cheio, recebemos um ofício da Comissão Eleitoral, dizendo que cinco membros estavam impugnados, por estarem com bolsa de estudos sub judice”. Segundo apontam, o oficio também tem assinatura da atual presidente do diretório.
Maria Gabriela contesta, mas evita se aprofundar na manifestação; afirma que o estatuto foi cumprido, inclusive na impugnação dos cinco nomes da chapa Renovação: “Cabe a quem acusa que houve irregularidade provar. Em respeito aos nossos colegas e à instituição, não iremos polemizar”.