Apontado como uma das promessas do Grêmio, Nathan tem contrato renovado até 2028 Foto Lucas Uebel/Grêmio FBPA

Campos – Da era Didi e Amarildo, na década de 40, às mais recentes, é incontável o número de jogadores cedidos ao futebol pela cidade de Campos dos Goytacazes, a maior em extensão territorial do Estado do Rio de Janeiro, considerada “celeiro de craques”. O ator da vez chama-se Nathan Ribeiro Fernandes, tem 18 anos de idade e saiu da periferia para brilhar defendendo hoje as cores do Grêmio de Porto Alegre.
Nascido no bairro Santa Rosa, na periferia de Campos, Nathan começou a ganhar visibilidade no futebol aos 11 anos, através da Academia de futebol André Pimpolho, um projeto; em 2016 foi destaque de um campeonato Sub-13 no Espírito Santo e logo surgiu o interesse maior por ele.
Flamengo e Botafogo, do Rio de Janeiro, se manifestaram; mas o primeiro convite oficial, intermediado pela academia, surgiu do Internacional. O atleta passou no teste e mudou-se para Porto Alegre com a mãe, Nithuzya Ribeiro, onde passaram a morar em uma pensão. No entanto, a opção acabou sendo pelo Grêmio.
Após passar pela escolinha, ganhou oportunidade, em 2019, nas categorias de base, não apenas pela qualidade técnica, velocidade e dribles; mas, também, o comprometimento nos treinos e jogos, chegando a campeão gaúcho Sub-20 este ano.
Na Copa Brasil da categoria o Grêmio conquistou o vice campeonato; o jovem terminou a campanha como artilheiro. De contrato renovado até 2028, o brilho tem sido maior, já estando no time principal, puxado pelo treinador Renato Gaúcho, tendo sido autor do gol da virada, por 3 a 2, sobre o Flamengo, no dia 25 de outubro.
Da pensão, Nathan já passou a morar com a família em um apartamento no bairro Menino de Deus, na zona centro-sul de Porto Alegre. A mãe dele lembra que ela e o filho foram para a cidade apenas com as roupas do corpo: “Passamos muita dificuldade; mas persistimos”. Nathan sonha, através do futebol, conquistar uma vida melhor para a família.
LISTA EXTENSA - Além de Didi e Amarildo, Campos já cedeu ao futebol brasileiro e à seleção Pinheiro (zagueiro, 1954); Denílson (volante, 1966), Edevaldo (lateral-direito, 1982); Acácio (goleiro, 1990); Odvan (zagueiro, 1999), Alessandro e Léo (2001), e Gil (2014).
Também estão relacionados como participantes de amistosos e outras competição da seleção: David de Souza, Amaro Silveira, Mário Seixas e Soda (1923); Jarbas (1932); Lelé (1944); Hélvio (1955); Paulinho Almeida (1956); Tite e Bené (1957); Amaro (1961); Dary (1964); e Evaldo (1968).