Tânia Alberto explica como são definidas as identidades da escola do campo e da quilombola Foto Kamilla Uhl/Divulgação
Próximo ano letivo terá educação voltada para o campo e quilombola no ensino infantil
Definição faz parte de atualização da matriz curricular da rede municipal de Campos
Campos – Por meio de resolução, a Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia (Seduct) de Campos dos Goytacazes (RJ) está atualizando a matriz curricular da educação infantil na rede municipal de ensino. No contexto está a implantação da Educação do Campo e a Escolar Quilombola no Ensino Infantil, a partir do ano letivo de 2024.
A diretora pedagógica da Seduct, Tânia Alberto, explica que as identidades da escola do campo e da escola quilombola são definidas pela sua vinculação às funções inerentes à sua realidade, “com base na temporalidade e saberes próprios dos povos do campo e projetos que associem às soluções exigidas para a qualidade social da vida individual/coletiva”.
Uma das propostas é direcionar a educação do campo para o conhecimento do mundo do trabalho e o desenvolvimento territorial com enfoque na agroecologia, respeitando as diferenças e o direito à igualdade em todos os seus aspectos sociais, culturais, políticos e econômicos.
Tânia Alberto enfatiza que a educação escolar quilombola partirá dos pressupostos da ancestralidade, das memórias coletivas, da vinculação com as territorialidades, da permanência e resistência em seus espaços e pelo vínculo com o trabalho: “Os conteúdos curriculares que compõem a parte diversificada vão possibilitar a contextualização dos conhecimentos escolares”, aponta.
A coordenadora expõe que os conhecimentos serão contextualizados de acordo com as diferentes realidades locais: “Serão trabalhadas por meio de exibição de filmes de produção nacional, projetos e pesquisas envolvendo temas transversais, conforme características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos alunos; o ensino da Arte, especialmente em suas expressões regionais, constituído pelas linguagens das artes visuais, dança, música, teatro, entre outras”.
Também estão definidas inclusões, como temas transversais, conteúdos relativos aos direitos humanos e à prevenção de todas as formas de violência contra a criança e adolescente; educação ambiental; processo de envelhecimento, respeito e à valorização do idoso, de forma a eliminar o preconceito; estudo de história e cultura afro-brasileira, africana e dos povos indígenas brasileiros; entre outros.
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