Os produtos colocados à venda na feira são de qualidade e fazem parte da cultura do município Foto César Ferreira/Secom

Campos – Fortalecer a política de educação do campo com foco na soberania e segurança alimentar é o objetivo da Feira Agroecológica Solidária Sabores e Saberes de Campos dos Goytacazes (RJ), que acontece na sede da Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia (Seduct), nesta quarta-feira (22), das 8h às 14h.
Além de discutir o modelo agrícola e agrário como um projeto territorial de sustentabilidade, a proposta é garantir aos profissionais que atuam na Seduct a venda de produtos frescos e sem qualquer tipo de agrotóxico. A feira será montada no corredor principal da secretaria, na antiga central da Rede Ferroviária Federal (RFF).
Coordenadora de Projetos da Seduct, Neidimar Abreu explica que iniciativa é da Articulação das Políticas de Educação do Campo: “Reativamos esse importante projeto e iremos ampliar para mais produtores; é uma oportunidade de termos acesso a esses produtos naturais e ainda no trabalho, o que facilita muito na hora da compra”.
Érica Martins é a coordenadora da feira; ela aponta que 30 agricultores integram o grupo, 15 atuando na Seduct. Ela adianta que os consumidores vão poder encontrar produtos diferenciados como a banana Missouri, que é uma junção das bananas prata e pera, podendo ser consumida crua ou cozida.
PRODUTOS - Além disso, tem ainda guandu, que é uma espécie de feijão, cocada de amora, nhoque de aipim, chips de batata doce, sal temperado, entre outros. A coordenadora justifica que a oferta de produtos que fazem parte da cultura do município é para que as pessoas possam conhecê-los.
“Há produtores dos assentamentos localizados no Imbé, Cambucá, Aleluia, Imbé, Morro do Coco, Cambaíba, entre outras localidades", ressalta Érica Martins. Produtora do assentamento Dandara dos Palmares, Damiana Alves Viana comemora que contar com mais um local de venda é essencial para escoar a produção e ter mais lucros.
Damiana lembra que, antigamente, não tinha essa ajuda, vendia para os atravessadores e perdia dinheiro: “Sem contar as frutas que acabavam estragando; agora, a gente faz geleias, sucos, doces e aproveita tudo e consegue vender tudo com um valor digno”.