Fernando MansurO DIA

O termo “Karma” é uma palavra em sânscrito que significa “ação”. É uma Lei da Natureza e não tem nada a ver com moralidade. A moralidade é feita pelo homem e suscetível de mudar com o lugar e o tempo. A Lei do Karma, porém, é uma lei impessoal, o universo não julga. Só o ser humano é que julga.
Podemos encontrar diversos tipos de personalidades ao longo da nossa vida, umas solitárias, outras hostis, algumas amáveis, outras duvidosas e desagradáveis. Se não quisermos adquirir mais karma, não devemos julgar nenhuma das suas ações.
Qualquer experiência que tenhamos, boa ou má, é apenas o efeito de alguma causa que tenhamos começado noutro momento. Se aceitarmos a experiência sem julgamentos, esse ciclo particular de causa e efeito estará terminado nesta vida; mas, se reagirmos, estaremos iniciando outro ciclo, cujo efeito teremos de sofrer noutro momento desta vida, ou numa vida futura.
Naturalmente, não podemos deixar de ver uma pessoa egoísta como uma pessoa egoísta, e um assassino como um assassino; entretanto não somos nós que os devemos julgar. A justiça não julgadora confere-nos uma grande liberdade. A maioria de nós passa a vida a assumir a tarefa de julgar os outros, assim criando um imenso karma negativo.
Podemos ter a certeza de que nada escapa a esta lei, que é onipresente, pelo que todos receberão os seus justos merecimentos, sem que tenhamos de interferir. O fato é que todos recebemos exatamente o que merecemos, nada mais e nada menos!
Que as reflexões acima possam ser úteis para você. Elas fazem parte de um artigo da indiana Vanamali Mataji, e está na íntegra na excelente revista portuguesa Biosofia, nº 51 – E-mail: info@cluc.org.
Fernando Mansur