Fernando Mansur - colunistaSABRINA NICOLAZZI
“C.G. Jung - Uma biografia em livros” (Editora Vozes) é uma obra fascinante, produzida por Sonu Shamdasani, considerado o maior historiador de Jung atuando hoje.
Trata-se de um passeio pela história cultural do célebre psicanalista suíço e deve interessar mesmo a leigos, como eu, ávidos por psicologia e autoconhecimento.
O autor fez uma extensa pesquisa sobre os livros que influenciaram na formação de Jung, publica trechos, mostra páginas originais e fotos das capas mais importantes e significativas, além de trazer as Mandalas que Jung costumava desenhar, interligando tudo com seus comentários.
Jung, ao longo de décadas, formou umas das mais completas e ricas bibliotecas pessoais da Europa, que se conservam até hoje.
Deste livro, ricamente ilustrado, no formato 28 x 25 e com 224 páginas, fica difícil selecionar algum trecho que dê uma ideia de seu conteúdo, já que os assuntos abordados são bem vastos. Mas escolhi este:
“Como escreveu Febvre: O livro foi um dos mais poderosos agentes que a civilização ocidental teve à disposição para reunir as ideias dispersas de pensadores representativos. Prestou um serviço vital à pesquisa, transmitindo imediatamente resultados de um pesquisador a outro. Reuniu de maneira permanente as obras dos mais sublimes espíritos criativos em todos os campos. O livro criou novos hábitos de pensamento não só no pequeno círculo dos doutros, mas muito além.”
“Como escreveu Febvre: O livro foi um dos mais poderosos agentes que a civilização ocidental teve à disposição para reunir as ideias dispersas de pensadores representativos. Prestou um serviço vital à pesquisa, transmitindo imediatamente resultados de um pesquisador a outro. Reuniu de maneira permanente as obras dos mais sublimes espíritos criativos em todos os campos. O livro criou novos hábitos de pensamento não só no pequeno círculo dos doutros, mas muito além.”
E mais este, da página 143:
“Jung distinguia dois tipos de livros: o primeiro, que procedia inteiramente da intenção do autor; e o segundo, que se apoderava do autor autonomamente. Enquanto o primeiro tipo de obra provinha do inconsciente pessoal do autor, o segundo provinha do inconsciente coletivo.”
“Jung distinguia dois tipos de livros: o primeiro, que procedia inteiramente da intenção do autor; e o segundo, que se apoderava do autor autonomamente. Enquanto o primeiro tipo de obra provinha do inconsciente pessoal do autor, o segundo provinha do inconsciente coletivo.”
Ficamos por aqui hoje, desejando um ótimo dia e uma boa leitura.
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