Fernando Mansur - colunistaSABRINA NICOLAZZI

Tudo está em movimento. Assim, a Humanidade, raça após raça, há de levar a cabo sua Peregrinação cíclica. Tal é, sob o império da Lei Cármica, o curso da Natureza, da Natureza sempre presente e sempre em formação. Porque, segundo as palavras de um Sábio:
O Presente é filho do Passado; o Futuro é a progênie do Presente. E, no entanto – ó momento presente – tu não sabes que não tens pai, nem podes ter um filho? Que somente estás sempre engendrando a ti mesmo?
Antes de teres começado a dizer: “Eu sou filho do momento que passou”, tu te terás convertido nesse mesmo passado. Antes de teres pronunciado a última sílaba – repara! – já não és o Presente, mas, na verdade, és o Futuro.
Assim, o Passado, o Presente e o Futuro constituem a Trindade em Um, eternamente viva – a Grande Ilusão do Absoluto que sempre “É”.
A magnífica explicação acima está na página 464, final do volume 3 (Antropogênese) da obra “A Doutrina Secreta – Síntese da Ciência, da Religião e da Filosofia”, de Helena Blavatsky.
Lançada em 1888, Blavatsky pressentia que somente começaria a ser aceita nos fins do século XX. Por que a aceitação das ideias ali contidas demoraria tanto? Talvez porque ainda estejamos envoltos numa névoa de dogmas e preconceitos, incutidos durante séculos no pensamento ocidental. Mas com os ventos renovadores trazidos pela emergente Era de Aquário, as mentes das novas gerações estão mais propensas a aceitar horizontes amplificados, abertos pelos pioneiros que ciclicamente reaparecem no cenário mundial.
Apenas um sábio pode ver os séculos vindouros em sua forma embrionária oculta. Salomão perguntou: “Quem é o homem sábio? Aquele que vê o que ainda está para nascer.” Precisamos atentar para nossa intuição, a fim de perceber o que o Eterno Agora tem para nos dizer.