Na Bíblia, segundo Pedro Freitas, os demônios desempenham um papel recorrente como símbolos do pecado, da tentação e do mal. Eles começaram suas vidas como anjos, antes de se voltarem contra Deus e se tornarem "anjos caídos", expulsos do céu para as profundezas ardentes do inferno. O demônio original, Satanás, já foi um anjo chamado Lúcifer que traiu seu criador, travando uma guerra com um grupo de companheiros traidores que ele posteriormente perderia.
Os quatro demônios mais relevantes citados na Bíblia são Lúcifer, Moloque, Legião e Abadom. Lúcifer, ficou conhecido como o diabo ou o príncipe dos demônios. Deus teria criado Lúcifer como uma criatura de grande beleza e sabedoria, mas que se tornou vaidoso e orgulhoso. Pedro Freitas ressalta que, depois de tentar derrubar seu criador com um exército reunido de traidores, ele foi lançado nas profundezas do inferno por continuar a causar problemas.
Já horrível demônio Moloque é retratado como uma figura meio homem, meio touro, semelhante ao Minotauro. Descrito como um terrível guerreiro dos anjos caídos, Moloque estava ansioso para travar uma nova guerra contra Deus após a primeira tentativa fracassada de Lúcifer. Então, ele é um símbolo de força acima do cérebro, um demônio de cabeça quente que não se importa com a santidade da vida humana.
Legião – apesar do nome reportar a um coletivo - era um homem terrível na Bíblia, possuído por muitos demônios. Ele também era um maníaco que encontrou Jesus e seus discípulos depois de cruzar o Mar da Galileia. Quando Jesus o encontrou possuído, ele disse: "Meu nome é Legião, pois somos muitos". Jesus, então, afasta os espíritos do homem com uma única palavra e os demônios acabam entrando em uma manada de 2 mil porcos que caem todos no mar para a morte.
Para fechar a lista, está Abadom, descrito na Bíblia cristã como "o anjo de um abismo sem fundo" e o rei de uma praga de gafanhotos semelhantes a cavalos com rostos humanos corados, cabelos longos, asas e uma cauda picante. Além de um anjo caído, Abadom atuava como um ser que trazia julgamento sobre as pessoas em nome de Deus, mas apoiava Lúcifer na guerra contra o céu.
Os cristãos se “apropriaram” dos livros judaicos, que chamamos de Velho Testamento, mas os guardiões desses livros são os judeus. Não existe essa ideia de diabo no Judaísmo. Não. Satanás, em hebraico, é o adversário. Então, a compreensão judaica é que Satanás seria um “adversário” da lei divina.
No Espiritismo, a crença em demônios e inferno, tal como tradicionalmente concebida em algumas religiões, não existe. A doutrina espírita oferece uma visão diferente sobre esses conceitos, baseada nos seguintes princípios:
1. Lei de progresso: os espíritas creem que todos os espíritos estão em constante evolução, progredindo através de múltiplas encarnações. Não há seres criados para o mal eterno, como os demônios. Todos têm a capacidade de evoluir e se aperfeiçoar.
Os cristãos se “apropriaram” dos livros judaicos, que chamamos de Velho Testamento, mas os guardiões desses livros são os judeus. Não existe essa ideia de diabo no Judaísmo. Não. Satanás, em hebraico, é o adversário. Então, a compreensão judaica é que Satanás seria um “adversário” da lei divina.
No Espiritismo, a crença em demônios e inferno, tal como tradicionalmente concebida em algumas religiões, não existe. A doutrina espírita oferece uma visão diferente sobre esses conceitos, baseada nos seguintes princípios:
1. Lei de progresso: os espíritas creem que todos os espíritos estão em constante evolução, progredindo através de múltiplas encarnações. Não há seres criados para o mal eterno, como os demônios. Todos têm a capacidade de evoluir e se aperfeiçoar.
2. Céu e inferno: os espíritas não creem no "inferno" onde seria um lugar de tormento eterno, mas sim um estado de consciência onde o espírito sofre as consequências de seus próprios atos negativos. O "céu" é um estado de felicidade e paz alcançado pelos espíritos mais evoluídos. Ambos os estados são transitórios e dependem do grau de evolução moral de cada espírito.
3. Espíritos imperfeitos: existem espíritos que ainda se encontram em estágios de evolução menos avançados, propensos ao mal e capazes de influenciar negativamente os encarnados. Esses espíritos não são demônios, mas sim seres que necessitam de auxílio e orientação para prosseguir em sua jornada evolutiva.
4. Bondade divina: a ideia de um Deus que condena seus filhos ao sofrimento eterno é incompatível com a noção de um Deus infinitamente bom e justo. O Espiritismo enfatiza a misericórdia divina e a oportunidade de aprendizado e redenção para todos os espíritos. Em resumo, o Espiritismo não nega a existência do mal ou de espíritos que o praticam, mas oferece uma visão mais abrangente e otimista sobre a natureza humana e a jornada espiritual.
A exploração financeira com ameaças de uma figura quase mitológica denominada de “demônio”, acabou se tornando uma forma de abuso psicológico e financeiro que se aproveita da fé e do medo das pessoas. Líderes religiosos ou indivíduos que se apresentam como tal, usam a crença em forças demoníacas para manipular e controlar suas vítimas, extraindo dinheiro e outros bens sob o pretexto de protegê-las do mal.
A exploração financeira com ameaças de uma figura quase mitológica denominada de “demônio”, acabou se tornando uma forma de abuso psicológico e financeiro que se aproveita da fé e do medo das pessoas. Líderes religiosos ou indivíduos que se apresentam como tal, usam a crença em forças demoníacas para manipular e controlar suas vítimas, extraindo dinheiro e outros bens sob o pretexto de protegê-las do mal.
E como funciona esse processo abominável? Primeiramente, pela manipulação psicológica. Os exploradores exploram as vulnerabilidades emocionais e espirituais das vítimas, incutindo medo do demônio e de suas supostas influências. Eles podem usar linguagem religiosa, rituais e outras formas de intimidação para criar um ambiente de terror e dependência. As vítimas são levadas a acreditar que estão sob ataque demoníaco e que apenas o explorador pode salvá-las.
Em segundo lugar, vem a exploração financeira. Sob o pretexto de realizar rituais de exorcismo, proteção ou purificação, os exploradores exigem grandes somas de dinheiro, joias, propriedades e outros bens. Eles podem alegar que esses bens são necessários para afastar o demônio ou para pagar por serviços espirituais especiais. As vítimas, aterrorizadas e desesperadas, muitas vezes entregam tudo o que têm na esperança de se livrar do mal. Muitas vezes, esses exploradores isolam as vítimas de seus familiares e amigos, para que elas não possam buscar ajuda em outros lugares, e assim se tornem totalmente dependentes do explorador.
Fiquem atentos a esses sinais de alerta, caso algum familiar os apresente: 1) Medo constante do demônio e de suas influências; 2) dependência excessiva de um líder religioso ou indivíduo; 3) entrega de grandes somas de dinheiro ou outros bens sob pressão ou ameaça; 4) isolamento social e afastamento de familiares e amigos; 5) sentimento de culpa, vergonha e desespero.
Se você ou alguém que você conhece está sendo vítima de exploração financeira com ameaças do demônio, não hesite em buscar ajuda. Existem pessoas e organizações que podem oferecer apoio e orientação. A exploração da boa fé de gente simples e ingênua, aterrorizando-as com a ameaça do “demônio” não pode continuar sendo um bom negócio. Para os exploradores, é claro.
Se você ou alguém que você conhece está sendo vítima de exploração financeira com ameaças do demônio, não hesite em buscar ajuda. Existem pessoas e organizações que podem oferecer apoio e orientação. A exploração da boa fé de gente simples e ingênua, aterrorizando-as com a ameaça do “demônio” não pode continuar sendo um bom negócio. Para os exploradores, é claro.
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