Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) Cleia Viana/Câmara dos Deputados
Já são pelo menos dez projetos protocolados nos últimos dias por deputados que pedem a anulação do decreto de Bolsonaro. Lira tem se esquivado de pedidos de reunião para discutir o assunto.
Coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista, o deputado Rodrigo Agostinho (PSB-SP) resume: “Este decreto incentiva uma atividade clandestina, predatória e ilegal”.
A fama de conciliador, paciente e focado fez do deputado Hugo Leal (PSD-RJ), relator do Orçamento da União de 2022, o maior cotado para assumir a vaga futura no TCU pela Câmara dos Deputados, com a aposentadoria de Ana Arraes. Há outros três candidatos, entre eles duas mulheres.
Nem a Fundação Cultural Palmares defende o seu presidente, o verborrágico Sergio Camargo. Procurada pela coluna para se posicionar sobre a ação que pede destituição de Camargo do cargo, a Fundação se eximiu: “Não respondemos às manifestações pessoais do presidente, bem como, aos de seus demais colaboradores”.
O abandono de Camargo não é só do órgão que comanda. Ninguém no Esplanada, nem mesmo Jair Bolsonaro, ousa defendê-lo após ele ter chamado o congolês Moïse Kabagambe – morto em um quiosque da Barra da Tijuca, no Rio – de “vagabundo”. Está a um passo da porta de saída do governo.
Numa fria
A temperatura da pré-candidatura à Presidência da senadora Simone Tebet (MS) pode ser medida pela convenção, dias atrás, do MDB do Rio de Janeiro. O nome dela não foi citado nenhuma vez nos discursos dos caciques estaduais do partido. Entre eles, o ex-ministro e ex-governador Moreira Franco.
O senador Carlos Fávaro (PSD) apresentou denúncia ao TCU e ANTT para impedir que o consórcio Via Brasil assuma o trecho da BR-163 de Sinop (MT) ao Pará. O parlamentar alega que a empresa cobra pedágio caro e presta um péssimo serviço no Mato Grosso.
O cenário de destruição em Petrópolis foi tão preocupante e difícil de resolver que o governador Claudio Castro não titubeou. Mandou o comando da Polícia Militar cancelar folgas e férias de soldados. Até uma turma que estava em curso fora do estado voltou para subir a serra. Castro aceitou de pronto ajuda de outros governadores que telefonaram.
Herança colonial
No ano de “comemoração” de 200 anos de Independência, persistem no Brasil duas heranças coloniais: trabalho escravo, combatido diariamente por auditores do trabalho, e a “taxa do príncipe”, imposto imobiliário pago a herdeiros da antiga família imperial.
Pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV) avaliou o comportamento do mercado de trabalho no 3º trimestre de 2021 e identificou que três de cada dez pessoas empregadas no Brasil trabalham por conta própria. Segundo o estudo, os trabalhadores autônomos sem CNPJ somaram 19,2 milhões no período analisado.
Deputados responsáveis por 24,5% dos projetos de lei sobre segurança pública são ex-profissionais de segurança, mostra pesquisa do Instituto Sou da Paz. “Criar novos crimes e aumentar pena para crimes tipificados permanece a principal aposta do Congresso para reduzir a violência no país, o que se mostra ineficaz ano após ano”, sublinha a pesquisa.
ESPLANADEIRA
# Nobel da Paz, Malala Yousafzai enviou carta ao Senado pedindo prioridade na Educação. # Estudo da Zetta mostra que 66,4% das famílias brasileiras deixaram de pagar anuidade de cartão de crédito. # One More no Brasil investe na expansão com nova sócia e embaixadora, Sabrina Sato. # Senado realiza sessão amanhã para comemorar os 90 anos da conquista do voto feminino. # Congresso Nacional está com iluminação especial em alusão ao Dia Mundial das Doenças Raras.
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