TierryFoto reprodução internet
Nos autos que tivemos acesso, o técnico de áudio Paulo Roberto Santos afirma ter trabalhado na equipe do artista por cerca de seis anos e nunca ter tido o vínculo empregatício formalizado, além de alegar ter perdido parte da audição durante o trabalho por culpo do cantor. Já o músico Edvaldo Oliveira Cerqueira também diz ter trabalhado com o famoso pelo mesmo período de tempo sem ter tido a carteira assinada.
Nos documentos obtidos pela coluna, Paulo alega ter sido contratado em dezembro de 2017, atuando como técnico de áudio da equipe de Tierry, iniciando a jornada de trabalho na quinta-feira, às 23h00, e finalizando-a na segunda-feira, às 12h00. De acordo com a defesa do profissional, o artista fazia mensalmente cerca de 15 apresentações e a última remuneração recebida foi no valor de R$6.000,00, antes de deixar a equipe em outubro de 2023.
Por conta da lesão auditiva sofrida nas duas orelhas enquanto trabalhava, que segundo a defesa é comprovado por laudo médico, Paulo Roberto alega que sente fortes dores e que já não consegue mais exercer a profissão de forma tão efetiva e por isso, entre direitos trabalhistas, danos morais, materiais, doença ocupacional e outras acusações, pede uma indenização no valor de R$2.626.253,32.
Já Edvaldo acusa a equipe de Tierry de ter se recusado a assinar a carteira de trabalho dele durante o período em que trabalhou com o cantor, entre outubro de 2018 e maio de 2024. O músico afirma que também fazia em média cerca de 15 shows por mês e que os pagamentos à equipe costumavam ser feitos "por fora", tendo em vista a falta de comprovação do vínculo empregatício. A última remuneração consta nos documentos do processo como sendo de R$10.500,00 e ele pede uma indenização no valor de R$1.255.875,82.
A coluna procurou o cantor Tierry para comentar as acusações, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto.
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