A @deliciaspetdoparque tem boas opções, que não fazem mal aos amigos de quatro patas, com cestas personalizadas e petiscos temáticosFotos de Divulgação
Chocolate é o maior vilão da Páscoa para cães e gatos
O alerta mais recorrente entre os veterinários é sobre o chocolate. Apesar de amplamente divulgado, ainda há quem ofereça o alimento aos pets, sem saber dos perigos reais. O médico-veterinário Gustavo Quirino, da Adimax, explica.
A ingestão pode provocar desde vômitos e diarreia até alterações cardíacas, convulsões e, em casos mais graves, a morte. “Se para os humanos o chocolate amargo é mais saudável, para os pets ele é ainda mais prejudicial justamente pela alta concentração de cacau”, reforça Quirino.
Como alternativa segura, o veterinário recomenda os petiscos específicos para cães e gatos, muitos deles já formulados com o formato de ovos de Páscoa: “Há petiscos funcionais no mercado que além de agradarem, contribuem para a saúde dos animais”, afirma.
Outros perigos no cardápio pascal é a moda do pistache
Francis Flosi, diretor da Faculdade Qualittas, alerta também para outros alimentos presentes nas mesas pascais. Embora o bacalhau, por exemplo, não seja tóxico, representa risco físico:
“Os espinhos são perigosos, e em animais alérgicos, o peixe pode causar reações adversas. A regra é clara: só ofereça alimentos específicos para pets”, diz Flosi.
Ele também chama a atenção para o pistache, que ganhou destaque no mercado este ano. Apesar de não ser comprovadamente tóxico, o alto teor de gordura pode provocar obesidade, problemas digestivos e até pancreatite.
“Mesmo alimentos saudáveis para humanos podem causar sérios danos aos pets. Castanhas, nozes e afins devem ser evitados. Alimentar bem é um ato de cuidado e proteção”, pontua.
Outros itens comuns nas refeições familiares, como uvas, passas, ossos, cebola e alho, também representam riscos — podendo causar intoxicações, perfurações intestinais ou problemas hematológicos.
'Coelhos não são brinquedos': aumento de adoções na Páscoa preocupa ONGs
Além dos alimentos, a Páscoa é marcada por um aumento na adoção de coelhos, muitas vezes comprados por impulso como presentes para crianças. “Coelhos não são brinquedos. São animais sensíveis, que exigem cuidados específicos, alimentação adequada e espaço. Quando bem cuidados, podem viver mais de dez anos”, explica Francis Flosi.
A imagem do coelhinho da Páscoa, associada à doçura e à inocência infantil, esconde um problema recorrente a cada ano: a adoção impulsiva de coelhos como presente para crianças durante o feriado. Embora o gesto pareça carinhoso, a realidade por trás dele é preocupante. Sem preparo e consciência sobre os cuidados exigidos por esses animais, muitas famílias acabam abandonando os coelhos semanas após a celebração.
A presidente da ONG Ajuda Patas afirma que todo ano é registrado um aumento significativo no número de coelhos resgatados após o período pascal. “Em muitos casos, os animais são deixados em praças, terrenos baldios ou até mesmo em sacolas, vítimas do desinteresse e da negligência. A decisão, inicialmente motivada por um apelo visual e simbólico, transforma-se em um problema de saúde pública e bem-estar animal,” conta Bruna.
Diferente do que muitos acreditam, coelhos não são pets de fácil manejo. São animais silenciosos, que demandam espaço, alimentação específica, cuidados com higiene e acompanhamento veterinário regular. Além disso, vivem em média de 8 a 12 anos, exigindo um compromisso de longo prazo — algo raramente considerado nas adoções impulsivas motivadas pela data comemorativa.
O abandono, além de cruel, expõe os animais a riscos de morte, atropelamentos, ataques de outros animais e doenças. Coelhos domésticos não possuem instinto de sobrevivência como os selvagens e, quando soltos, dificilmente conseguem se alimentar ou se proteger sozinhos. O impacto também recai sobre abrigos e organizações de resgate, que enfrentam superlotação e falta de recursos para acolher os animais deixados para trás.
A campanha por uma Páscoa consciente tem se intensificado entre protetores e ativistas. A mensagem é clara: coelhos não são brinquedos nem lembrancinhas temáticas. São seres vivos, sensíveis e que merecem respeito e cuidado durante toda a vida. Adotar deve ser sempre um ato de amor — e nunca uma decisão por impulso.
“A adoção deve ser consciente. Não se trata de uma fantasia de feriado, mas de uma vida que depende de atenção diária”, ressalta o veterinário.
Saiba qual ovo seu pet pode comer durante a Páscoa
Enquanto os tutores se deliciam com ovos de chocolate durante a Páscoa, muitos querem incluir seus pets na comemoração — mas sempre bate a dúvida: o que os animais podem ou não comer? Foi pensando nisso que Patrícia Gropp, CEO e confeiteira da @deliciaspetdoparque, criou um cardápio exclusivo de ovos e petiscos especialmente formulados para os amigos de quatro patas.
“Os ovos de Páscoa feitos para humanos têm ingredientes perigosos para os pets, como o cacau e o açúcar. Por isso, desenvolvemos receitas seguras, com ingredientes selecionados, indicados por veterinários, sem corantes e sem conservantes”, explica Patrícia. A produção, que acontece o ano inteiro com foco em bem-estar animal, se intensifica na época da Páscoa, com novidades criativas e seguras.
Um dos sucessos da última edição foi o “Ferrero Rocher pet” — bolinhas de carne inspiradas no famoso chocolate, mas totalmente adaptadas para cães. “Graças a Deus, consigo sempre inovar! Quando paro para planejar uma festa ou um presente especial, entrego o melhor, não importa o tamanho. Pode ser só para um pet: eu faço com amor e carinho”, afirma a confeiteira.
Neste ano, o cardápio da @deliciaspetdoparque traz desde ovinhos recheados até caixas personalizadas com petiscos temáticos. Tudo é pensado com rigor técnico e criatividade. “Todos os cursos que fiz e continuo fazendo são voltados para receitas com ingredientes seguros e reformulados especialmente para os pets. Quero sempre trazer o mais natural possível”, conta.
Com uma página nas redes sociais totalmente orgânica e parcerias com pets influenciadores, Patrícia vê na confeitaria pet mais que um negócio: é uma missão. “A ideia é que eles participem de momentos especiais com a família, mas de forma saudável. Porque nossos pets também merecem comemorar com segurança e sabor”, finaliza.
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