Bem estar dos pets vai muito além de tratar doençasDivulgação

Em um cenário no qual a relação entre tutores e seus animais de estimação ganha um novo patamar de intensidade, observa-se que cães e gatos não são mais vistos apenas como "pets", mas verdadeiros membros da família. Essa mudança de olhar, profunda, cultural e emocional, vem transformando a forma de cuidar da saúde, da convivência e da felicidade dos animais. Hoje, mais do que nunca, a atenção ao bem-estar, à prevenção e à qualidade de vida assume protagonismo.
"Os tutores de hoje estão muito mais atentos e informados. Eles entendem que cuidar de um pet vai muito além de tratar doenças; é oferecer qualidade de vida, prevenção e bem-estar", afirma a médica-veterinária Bruna Corrêa, da clínica Mr. Zoo BH. "Essa nova geração quer fazer o melhor por seus companheiros, e nosso papel como profissionais é orientar, acolher e cuidar com excelência e empatia".
País tem 161 milhões de pets
No Brasil, os números reforçam esse movimento de humanização dos animais de estimação. Há cerca de 161 milhões de pets no país, o que posiciona o Brasil como um dos maiores mercados de animais de estimação do mundo Além disso, segundo pesquisa da TGM Research de 2024, aproximadamente 73% dos brasileiros declararam gostar de todos os tipos de animais de estimação, com menos de 1% dizendo não gostar.
Esse contexto revela uma mudança de paradigma: a posse de animais vai além da convivência; é afetiva, inclusiva e preventiva. Um dado emblemático de um estudo da SPC Brasil/CNDL apontava que 61% dos tutores consideravam seus pets como membros da família e que já destinavam em média R$ 189 por mês aos cuidados deles, valor que chegava a R$ 224 entre classes A e B.
Um exemplo prático vem de Antônio Junior, de 48 anos, tutor de Rocco, beagle de 9 meses. "Meu cachorro é literalmente um membro da nossa família, meu grande amigo e apoio emocional em todas as horas. Há alguns meses perdi meu bulldog francês aos 11 anos, vítima de um tumor, e ter um plano de saúde pet fez toda a diferença. Desde a descoberta da doença, tratamento, até o dia da despedida. Ele se foi, mas sei que fiz tudo que podia por ele", relata.
"Ele é da família"
Outra história é da tutora Gabriella Carneiro, de 36 anos, que adotou o vira-lata caramelo Paçoca em condições de vulnerabilidade. "Adotei o Paçoca na pandemia e, desde o primeiro dia, percebi que ele precisava de cuidado. Mesmo recém-chegado, já estava doentinho e foi direto para o veterinário. Desde então, fazemos check-up anual para acompanhar a saúde dele de perto, principalmente porque já teve doença do carrapato mais de uma vez e ficou com a imunidade afetada. Ele é da família, e a gente só quer que ele fique bem e viva muito ao nosso lado".
E no universo felino os cuidados também têm prioridade. A tutora Aline Tavares, de 40 anos, conta sobre a gatinha Domitila, de 11 anos: "Titila chegou na porta do nosso apartamento, que era no segundo andar, miou pedindo para entrar. Era muito pequena, tinha uns dois meses, no máximo… Fizemos os exames de rotina, vacinas e, alguns meses depois, a castramos. Os cuidados com a saúde dela são mantidos com o mesmo rigor: vacina, vitaminas, vermífugo, exames, ração de boa qualidade. Titila chegou num momento em que eu precisava de companhia… Até hoje, depois de 11 anos e 5 casas diferentes, ela está sempre comigo e com meu esposo".