padre15abrARTE O DIA

Todos os domingos na missa recordamos a ressurreição do Senhor Jesus, mas neste período depois da Páscoa, o domingo se reveste de um significado ainda mais iluminador. Jesus Ressuscitado transmitiu à sua Igreja, como primeira tarefa, a sua missão de levar a todos o anúncio do perdão. Este sinal visível da sua misericórdia revela a alegria do encontro renovado com o Senhor.
O perdão é o sinal mais visível do amor do Pai, que Jesus quis revelar em toda a sua vida. Não há página do Evangelho que não tenha este imperativo do amor que chega até ao perdão. Até nos últimos momentos da sua existência terrena, ao ser pregado na cruz, Jesus tem palavras de perdão: “Perdoa-lhes, Pai, porque não sabem o que fazem”.
Nada que um pecador arrependido coloque diante da misericórdia de Deus pode ficar sem o abraço do seu perdão. É por este motivo que nenhum de nós pode pôr condições à misericórdia; esta permanece sempre um ato de gratuidade do Pai celeste, um amor incondicional e não merecido.
A celebração da misericórdia tem lugar, de uma forma muito particular, no sacramento da Confissão. Este é o momento em que sentimos o abraço do Pai, que vem ao nosso encontro para nos restituir a graça de voltarmos a sermos seus filhos. Nós somos pecadores e carregamos conosco o peso da contradição entre o que quereríamos fazer e aquilo que fazemos; mas a graça sempre nos precede e assume o rosto da misericórdia que se torna eficaz na reconciliação e no perdão.
Deus nos faz compreender o seu amor imenso precisamente à vista da nossa realidade de pecadores. A graça é mais forte, e supera qualquer possível resistência, porque o amor tudo vence.
Padre Omar