Paulo MárcioPaulo Márcio

Deus nos criou à sua imagem e semelhança, não nos criou como objetos, mas como pessoas amadas e capazes de amar. Desta forma, nos deu uma dignidade única, nos convidando a viver em comunhão com Ele, em comunhão com os nossos irmãos e irmãs, no respeito de toda a criação. Peçamos, portanto, ao Senhor que nos conceda um olhar atento a todos, especialmente aos que sofrem.
Devemos estar atentos à injustiça social, à desigualdade de oportunidades, à marginalização e à falta de proteção dos mais frágeis. Para o sucesso de uma sociedade há uma escolha que, segundo o Evangelho, não pode faltar: é a opção preferencial pelos pobres. E esta não é uma opção política, nem ideológica. A opção preferencial pelos pobres está no centro do Evangelho, e quem a fez primeiro foi Jesus.
O próprio Cristo, que é Deus, despojou-se, fazendo-se semelhante aos homens; e não escolheu uma vida de privilégio, mas escolheu a condição de servo. Nasceu em uma família humilde e trabalhou como artesão. No início da sua pregação, anunciou que no Reino de Deus os pobres são bem-aventurados. Estava no meio dos doentes, dos pobres e dos excluídos, mostrando-lhes o amor misericordioso de Deus.
A fé, a esperança e o amor nos impulsionam necessariamente para esta preferência pelos mais necessitados, que vai além da assistência necessária. Trata-se de caminhar juntos, deixando-se evangelizar por eles, que conhecem bem Cristo sofredor, deixando-nos contagiar pela sua experiência de salvação, sabedoria e criatividade. Partilhar com os pobres significa enriquecer-se uns aos outros.
Padre Omar