Arte Coluna Padre Omar 09 Agosto 2025Arte Paulo Márcio
Mais de um milhão de jovens se reuniram recentemente em Roma para participar do Jubileu da Juventude com o Papa Leão XIV. Foi um encontro marcado pela fé e esperança. Durante o evento, alguns jovens tiveram a oportunidade de dialogar com o Pontífice, partilhando inquietações próprias dessa fase da vida — especialmente a dificuldade de fazer escolhas definitivas.
Em resposta, o Papa recordou que escolher é um ato humano fundamental. Quando escolhemos com seriedade, estamos, na verdade, decidindo quem queremos ser. A escolha mais importante que podemos fazer é justamente essa: que tipo de pessoa eu desejo me tornar? Essa capacidade de decidir não nasce do nada — ela é cultivada nas provações da vida e, sobretudo, a partir da consciência de que antes de escolher, fomos escolhidos.
Recebemos a vida como dom. Não escolhemos existir; fomos amados antes mesmo de sabermos o que é o amor. E essa memória — de que somos fruto de um amor gratuito e incondicional — precisa ser continuamente recordada, educada e aprofundada. Ao longo da vida, aqueles que nos ajudam a reconhecer e renovar essa graça nas escolhas cotidianas são os nossos verdadeiros amigos.
É verdade que toda escolha exige renúncia. E, muitas vezes, o medo de perder ou errar paralisa. No entanto, para sermos realmente livres, precisamos de um fundamento sólido — uma rocha firme que sustente nossos passos. Essa rocha é o amor de Deus: um amor que nos precede, nos surpreende e nos supera infinitamente. Diante desse amor, nossas escolhas se tornam um juízo sereno, que não nos priva de nenhum bem verdadeiro, mas nos conduz sempre ao melhor.
A coragem para escolher vem justamente dessa certeza: Deus nos ama e nos amou primeiro. Em Cristo, Ele nos mostrou que o caminho para a realização pessoal passa pelo dom de si mesmo. Jesus, ao entregar sua vida, revelou que a verdadeira felicidade está em amar até o fim.

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